Evento propõe descolonizar o golpe de 1964 com programação variada

Evento propõe descolonizar o golpe de 1964 com programação variada

Terceira edição do OCCA – Encontro sobre Orientalismos e Colonialismos na Comunicação e no Audiovisual – busca rememorar a história sob a perspectiva das resistências

“Mas sei, que uma dor assim pungente, não há de ser inutilmente. A esperança dança na corda banca de sombrinha…”

(Aldir Blanc)

É neste tom, com uma roda de sambas de protestos, que o 3º Encontro de Estudos sobre Orientalismos e Colonialismos na Comunicação e no Audiovisual – OCCA – deseja iniciar o debate sobre os 60 anos do golpe de 1964. O objetivo do encontro, que será realizado entre os dias 29 de outubro e 1º de novembro, é estimular discussões sobre a resistência no Brasil, pensando estes 21 anos de ditadura numa perspectiva decolonial, ou seja, que busque trazer vozes subalternizadas pela violência do período.

Na edição deste ano, a programação atravessa os muros da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e se lança também em mais três espaços: a terra indígena São Jerônimo, a Divisão de Artes Cênicas (DAC) (Av. Celso Garcia Cid, 193) e o Sesc Cadeião (R. Sergipe, 52 – Centro).

Na abertura, programa para a noite desta terça-feira (29), às 19h30, Juliana Barbosa, Luiza Braga, Silvia Borba e um time de músicos farão uma Roda de Samba de Protesto, no Auditório do Centro de Letras e Ciências Humanas (CLCH).

No dia seguinte, dia 30, às 8h, será exibido na Terra Indígena São Jerônimo, o documentário Resplendor (2019), com direção de Claudia Nunes e Erco Rassi. O filme narra a violência contra etnias indígenas durante a ditatura empresarial-militar. 

Já na quinta-feira, dia 31, uma Roda de Conversa com pesquisadores sobre a ditadura na Sala de Eventos (683) do Centro de Educação, Comunicação e Artes (CECA), às 9h, vai debater temáticas como imprensa alternativa e corpos subalternizados no período da ditadura. Participarão da Roda: Dany Barros, Wesley Colati, Marco Antonio Barros, Rozinaldo Miani e Ruthe Oliveira.

No mesmo dia, no período noturno, às 20h, a Divisão de Artes Cênicas (DAC) será o palco do espetáculo Dancing Cuir, com direção de Thais D’Abronzo. 

Para fechar o 3º OCCA, no dia 1º/11, o jornalista, poeta e docente da UEL, Regis Moreira, lança o livro “Fabulações Queer – Crônicas para um Mundo Possível”, no Sesc Cadeião, às 19h.

OCCA

O OCCA é um evento acadêmico realizado na UEL que foi criado em 2021, durante a pandemia de Covid-19, junto com a criação do grupo de pesquisa DECO (Decolonialidades na Comunicação). Também participam da organização os grupos Entretons e CUIA.

Para entrar no clima, a organização do evento elaborou uma playlist com as músicas que serão tocadas e debatidas na abertura. A playlist se chama OCCA2024 e está disponível no Spotify.

O OCCA faz parte da linha de pesquisa Decolonialidade na Comunicação do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCom), com apoio da TV UEL, da Rádio UEL FM e da Gráfica da UEL, além do CECA.

Mais informações, no Instagram @occauuel e e-mail occauel2024@gmail.com, ou diretamente com a coordenação geral do evento, Márcia Neme Buzalaf, do departamento de Comunicação, pelo telefone (43) 9 9159-3501.

Leia também