Fab.i HU registra patente de tecnologia para tratar linfedema pós-mastectomia

Fab.i HU registra patente de tecnologia para tratar linfedema pós-mastectomia

Produto desenvolvido com tecnologia de impressão 3D objetiva melhorar a eficácia do tratamento de linfedema crônico pós-mastectomia sobre as áreas afetadas.

O Laboratório de P&D e Fabricação Digital do HU-UEL (Fab.i HU) registrou uma
nova patente: “Fibroplaca de compressão terapêutica para quebra de fibrose”. O
procedimento foi realizado através da Agência de Inovação Tecnológica (AINTEC)
junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) em nome da
Universidade Estadual de Londrina.

O produto foi desenvolvido com tecnologia de impressão 3D para melhorar a eficácia
do tratamento conservador de linfedema crônico pós-mastectomia sobre as áreas de
fibrose. O linfedema é uma das principais sequelas decorrentes do tratamento
cirúrgico do câncer de mama, e ocorre quando há uma manifestação patológica do
sistema linfático. É uma alteração de difícil tratamento e pode ocasionar um
processo inflamatório crônico com fibrose (espessamento e endurecimento),
aumento do volume do braço, alterações de pele e sensibilidade, entre outros
sintomas que podem implicar em prejuízos psicossociais para a paciente, como
redução da autoestima e problemas com aceitabilidade social.

O produto foi desenvolvido com tecnologia de impressão 3D. (Foto: Marco Corbanez ASSCOM-HU).

Desenvolvimento – Para auxiliar no tratamento desta alteração o Fab.i desenvolveu uma placa cujo relevo, quando pressionado sobre a lesão, promove a quebra do tecido fibrótico, melhorando a drenagem e a circulação linfática no membro afetado. O produto foi testado durante 12 semanas em uma paciente com linfedema crônico no membro superior esquerdo, pós-mastectomia e com extensa área de fibrose na região do antebraço. Os resultados mostraram uma redução do volume do membro e da área de fibrose, somando-se ao tratamento fisioterápico conservador já existente. “Braço mais leve, pele menos esticada e região mais amolecida ao toque”, relata uma paciente após os testes.

O produto foi idealizado pela docente do departamento de Fisioterapia (CCS)
Ana Paula de Melo Ferreira, juntamente com a equipe do Fab.i HU. Foram responsáveis pelo desenvolvimento e prototipação os docentes Cláudio Pereira de
Sampaio (CECA) e Sonia Fabris (CCS) e os bolsistas Lucas Maiola Astolfo,
Tiffany Maria Pimenta Silva e José Antonio Vicentin.

Inovação – A placa pode ser produzida por meio de impressão 3D ou injeção plástica,
atendendo assim à demanda do mercado interno e externo, o que reafirma a
importância do registro de patente que garante à UEL, o reconhecimento e os
direitos de propriedade.

Para a docente Sonia Fabris o processo de desenvolvimento e patenteamento deste produto é significativo, pois representa a consolidação do HU-UEL como uma instituição hospitalar com visão contemporânea e inovadora, e um importante Centro de Inovação na área da saúde pública do estado do Paraná.

As docentes Ana Paula de Melo Ferreira e Sônia Fabris atuarem na criação da Fibroplaca. (Foto: Marco Corbanez/ASSCOM-HU).

“Representa a consolidação de todo o trabalho que o Fab.i HU, vem desenvolvendo
nos últimos anos tendo como base a pesquisa científica, tecnológica, inovação na
área de saúde em cooperação com a Assessoria de Inovação, com o setor
acadêmico e as parcerias público/privadas que nos possibilita e capacita cada vez
mais à gerar, aplicar e disseminar conhecimentos em P&D e Fabricação digital em
áreas correlatas, em benefício da saúde pública”, afirma a docente.

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