UEL inicia comemorações dos 50 anos da Biblioteca Central

UEL inicia comemorações dos 50 anos da Biblioteca Central

Solenidade nesta quinta (20) deve exaltar, também, a abertura da Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, de 23 a 29 de outubro.

A UEL inicia, nesta semana, as comemorações dos 50 anos de criação da Biblioteca Central (BC). Para marcar a data, uma solenidade vai ser realizada no início da tarde desta quinta (20), enaltecendo, também, a abertura da Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, de 23 a 29 de outubro. Contando com uma apresentação do Quinteto de Cordas da Orquestra Sinfônica da UEL (Osuel), a solenidade também presta homenagens às servidoras que fizeram parte dos primeiros capítulos dos 50 anos de história.

Serão homenageadas a primeira bibliotecária a compor o quadro de servidores, Dora Regina Seben de Siqueira, e a primeira secretária administrativa da Biblioteca Central, Ilda Cortesão.  As comemorações terão continuidade na noite desta sexta (21), em um jantar dançante em um buffet da cidade. 

Parte da programação em alusão à Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, o sistema de Bibliotecas da UEL também promove dois workshops gratuitos. As oficinas buscam capacitar profissionais e servidores para a importância da aplicação das habilidades ligadas à Inteligência Emocional na rotina de trabalho e à conservação preventiva visando a garantia da longevidade dos acervos. 

Para acompanhar a programação de oficinas, basta entrar em contato pelo (43) 3371 – 4336.

Criação

Criada em outubro de 1972, como um órgão suplementar, a Biblioteca Central do Campus Universitário ganhou um prédio próprio em 1981, e chega em 2022 com quase 168 mil títulos em seu acervo. Conforme levantamento atualizado, a comunidade universitária tem à disposição quase 289 mil exemplares – entre livros, teses e folhetos – além de quase 355 mil fascículos de periódicos científicos. O acervo também conta com livros e periódicos em Braille e uma coleção com 311 títulos raros e especiais. Confira a página “Biblioteca em Números”.

Diretora da Biblioteca Central da UEL, Neide Maria Jardinette Zaninelle destaca que a rotina de trabalho de parte dos 39 servidores inclui avaliações periódicas das obras, o que garante a atualização do acervo ofertado aos usuários. “Temos feito muito isso, a avaliação da coleção tentando adequar quanto à qualidade, não à quantidade. Isso era uma coisa que, antigamente, contava muito, o número de volumes. Mas hoje não. Não adianta você ter muitos volumes mas alguns desatualizados, livros que constatamos estatisticamente que não são usados há dez anos”, exemplifica. 

A Biblioteca Central também possui um singular – e organizado – acervo de obras da Literatura de Cordel. Contando com mais de 5,7 mil volumes, boa parte deste acervo foi doada pelo ex-professor do Departamento de Letras Alcides Vitor de Carvalho, que realizou seu doutorado na Europa, onde adquiriu os volumes. A transferência colocou a Biblioteca da UEL entre as principais do mundo a possuírem um acervo tão rico e organizado de obras da literatura de Cordel, conta Zaninelle.

Além do atual quadro de servidores e demais convidados, o evento também deverá contar com a presença da ex-diretora da Biblioteca Central, Graça Maria Simões Luz. À frente da diretoria quando da unificação das bibliotecas setoriais em um novo prédio, no Campus Universitário, Luz não mediu esforços para a concretização deste grande objetivo para a UEL, comandada pelo então reitor José Carlos Pinotti (1978-1982).  

À época, a atual diretora, Neide Maria Jardinette Zaninelle, já atuava como servidora da Biblioteca. Ela lembra que a inauguração do prédio representou a centralização da operação, além de uma melhor organização do acervo com a exclusão de obras repetidas. “Já se sabia disso, mas se percebeu que havia muita coisa repetida, então, neste sentido, eu acho que facilitou para os usuários. Em um único lugar ele teria todos os acervos da maneira organizada para consultar”, diz.

O Sistema de Bibliotecas da UEL (SB/UEL) é coordenado pela Biblioteca Central (BC), sendo composto, também, por outras três unidades: a Biblioteca Setorial do Centro de Ciências da Saúde (CCS), Biblioteca Setorial do Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos (BS/EAAJ) e Biblioteca Setorial de Ciências Humanas (BS/CH). 

Serviços 

No entanto, a Biblioteca Central da UEL também se mantém movimentada em razão dos serviços prestados à comunidade universitária. Os estudantes podem contar com treinamentos e capacitações para o uso de bancos de dados de periódicos científicos, e serviços focados no momento final da elaboração de uma publicação científica, casos da normatização nas regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e da geração da ficha catalográfica.

Outros serviços também são oferecidos, como buscas na rede de bibliotecas ligadas ao Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict). “Às vezes, não tem aquilo que você quer. Ai nós vamos identificar em qual biblioteca no Brasil tem, porque é uma rede de informações com mais de 850 bibliotecas, e vamos pedir essa cópia em PFD”, garante a diretora. 

Questionada sobre quais inovações vão ser implementadas nos próximos anos, Zaninelle explica que o próximo objetivo envolve a implantação de um repositório digital, ferramenta importante para a divulgação da produção acadêmica feita na instituição. Para isso, uma empresa deverá ser contratada para parametrizar o software que será utilizado.   

Diretora da Biblioteca Central, Neide Maria Jardinette Zaninelle atua na BC há 41 anos (Agência UEL)

Exposição 

Recentemente, a Biblioteca Central da UEL ganhou uma exposição com as obras do artista plástico e professor André Vanzela, do Departamento de Biologia Geral, do Centro de Ciências Biológicas (CCB). Em seguida, Vanzela decidiu doar seis das sete obras expostas, que fazem parte da série “Diversidade, gênero e neutralidade”.

“O tema que engloba ‘Diversidade, gênero e neutralidade’ vem sendo importante e conversado ao longo das últimas décadas. Como a BC é um local de grande trânsito de estudantes, pensei que seria mais adequado como forma de visitação permanente. A BC realmente ficou mais alegre e penso que outras iniciativas, além dessa, são positivas para motivar os estudantes da UEL e de fora para frequentar o ambiente da biblioteca. Estou muito feliz com o resultado”, diz o professor, que trabalha, atualmente, com obras relacionadas à natureza e diversidade. 

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