No segundo dia, Ensino Superior do Futuro discute paradigmas da educação digital

No segundo dia, Ensino Superior do Futuro discute paradigmas da educação digital

Atividade reuniu acadêmicos para debater estratégias e refletir sobre a utilização de tecnologias no processo de aprendizagem. Eixo 1 encerra nesta quinta (9).

“Competências e Formação Docente para o Novo Paradigma de Educação Digital”. Este foi o tema da palestra do segundo dia do Ensino Superior do Futuro, que compõe o Eixo 1 do Paraná Faz Ciência 2023. A atividade foi realizada, nesta quarta-feira (8), no Anfiteatro Cyro Grossi (CCB), com uma conferência presencial e outra, para fazer jus à temática, online.

O tema obteve relevância durante a pandemia, devido à necessidade de isolamento social e de as instituições de ensino se adaptarem a uma nova realidade, ainda em movimento pelos efeitos deletérios da maior pandemia global já vista. Segundo um dos palestrantes, o professor José Antônio Moreira, da Universidade Aberta de Portugal (UAB), a educação digital é, na verdade, uma aliada da pedagogia, independente da modalidade de ensino. “Independente dos cenários, dos espaços, temos que discutir sobre a tecnologia que temos disponível para utilizar. Uma tecnologia positiva é benéfica quando aplicada tanto no espaço virtual como no presencial”, afirma.

De acordo com ele, é preciso entender que a educação digital não é inimiga do ensino tradicional, mas, sim, uma possibilidade. “O paradigma da educação digital tenta acabar com o separatismo que criaram entre a educação presencial e a Educação a Distância (EaD). A educação, podemos dizer, é a incorporação das tecnologias em qualquer um dos espaços. Portanto, nós temos essas duas dimensões do digital, que se associa com a tecnologia e a própria conectividade”, enfatiza.

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Moreira explicou sobre interações possíveis nos ambientes virtuais. Por exemplo, reconstruir uma sala no metaverso (mundo virtual que tenta simular e replicar a realidade através de dispositivos digitais) para que os estudantes, mais curiosos e interessados, possam fazer atividades práticas ainda em sala de aula.

O debate seguiu com a participação online do professor Ig Ilbert Bittencourt Santana Pinto, da Universidade Federal do Alagoas (UFAL), que tratou sobre os ecossistemas de educação no Brasil, que, de algum modo, são tratados de uma “forma industrial”. “Existe uma desigualdade na capacidade, ao mesmo tempo em que há um potencial para as relações e a comunicação que não pode ser desperdiçado. O ecossistema faz sentido porque ele pode agregar valor e transformar (a educação) para diferentes atores e, assim, reduzir a desigualdade. No Brasil, nós temos a Rede de Inovação para a Educação Híbrida, que já tem o envolvimento de 24 estados do Brasil e, além de fazer o compartilhamento de recursos, a rede consegue ampliar a noção que temos sobre o currículo”, ressalta.

Nesta quinta (9), a partir das 19h, no Anfiteatro Cyro Grossi, será realizada a última atividade do Eixo 1, a mesa redonda “Evasão no Ensino Superior – O que muda no cenário pós-pandêmico?”.

*Estudantes do 3º ano do curso de Jornalismo da UEL. Orientação: Patrícia Zanin (Rádio UEL).

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