Mostra apresenta clubes de ciências ligados à UEL
Mostra apresenta clubes de ciências ligados à UEL
O Paraná Faz Ciência 2025 sediou, pela primeira vez, a Mostra de Clubes de CiênciasO Paraná Faz Ciência 2025 sediou, pela primeira vez, a Mostra de Clubes de Ciências, nesta quinta (2), em Guarapuava. Os clubes de ciências fazem parte das ações do NAPI – Paraná Faz Ciência (Novos arranjos de pesquisa e Inovação), que inclui ainda a articulação com os museus de ciência e tecnologia e divulgação científica. Dentro do NAPI, o maior projeto diz respeito aos clubes, os quais estão divididos em três grupos. O primeiro deles traz uma rede de 200 grupos, que são os clubes próprios do Paraná, fomentados pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).
O segundo e terceiro grupo são os clubes de ciência maker e os clubes compostos apenas por meninas, ambos financiados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pelo CNPq. Nesta edição do evento, apresentaram-se 132 clubes de todo o estado, com aproximadamente 180 trabalhos.
A Pró-Reitora de Extensão, Cultura e Sociedade, Zilda Andrade, orgulha-se da participação de jovens pesquisadores e extensionistas, os quais já sonham em seguir carreira acadêmica no Ensino Superior. Ela relembra que a UEL foi a primeira IES que acolheu o Paraná Faz Ciência após a pandemia, “assumindo grande responsabilidade e comprometimento com a ciência e com as pessoas. Os clubes de ciências mudam a vida dos estudantes e os trazem para mais perto de nós”, afirma. Até 2023, o evento estava em sua segunda edição online.
Marina Bologna, coordenadora institucional do NAPI – Paraná Faz Ciência, explica que a presença dos clubes maker, dentre os clubes de ciências, é um destaque para esta edição do evento, tendo em vista que sua presença foi viabilizada pela mobilização das IES, tendo em vista que o seu fomento vem do Ministério de Ciência e Tecnologia e do CNPq.
“Do canteiro ao sabão” é um dos trabalhos que o Clube Maker “Ciência em Mãos” expôs na mostra. A professora Ilza Alessandra ministra aulas de biologia e ciências no Colégio ILES de Londrina. Em sua companhia, levou os estudantes Carlos Eduardo Veloso (sétimo ano do Ensino Fundamental) e Júlia Beatriz Constante (primeiro ano do Ensino Médio). Ela fez a interpretação de Libras para os visitantes. Acompanhe no vídeo:
A professora Helena Macia de Campos, formada em Geografia pela UEL, é feliz em pertencer à instituição e hoje em dia coordena o Clube de Ciências Unidade Polo, em Ibiporã. Sua proposta é ambiental. “Temos uma unidade de conservação bem pertinho do nosso colégio. Nosso propósito é fazer um levantamento das possibilidades que o parque tem, para que ali se tenha um geoparque e apresentar ao município”.
Um geoparque é composto pela biodiversidade natural de cada lugar, considerando fauna e flora. Por meio da educação ambiental e dos estudos, pretende-se ressignificar a relação dos ibiporaenses com o parque.

O Clube Maker do Colégio Aguilera, Intelectos, apresentou propostas de jogos educativos enquanto ferramenta de conscientização sobre o reaproveitamento de resíduos. Brenda Ribeiro cursa o nono ano do ensino fundamental e sempre se interessou por ciências da natureza e está decidida: quer fazer Ciências Biológicas na UEL. “Sempre sonhei em ser cientista, e quando vi que tinha o clube na escola, não tive dúvidas”, destaca.
Nas proximidades de Turvo, no Colégio Estadual Indígena Cacique Otávio dos Santos, faz-se o Clube de Ciências Pyn fifi. “O nome, em Kaingang, significa cobra coral, nome escolhido coletivamente pelo grupo, ao refletir sobre um animal que os representasse”, afirma Luan de Lima, professor coordenador. O clube busca valorizar os saberes ancestrais e, no Paraná Faz Ciência, o grupo levou Remédios Kaingang. É o que explica a Elisangela Kaingang, jovem que levou a ideia ao professor. “A gente aprende com os nossos pais, avós e tios. Trouxe muitas plantas medicinais para apresentar”, comenta.

(*Bolsista na Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Sociedade)