Professor participa do 39º Encontro da ANPOLL e reforça debate sobre ética e disseminação científica
Professor participa do 39º Encontro da ANPOLL e reforça debate sobre ética e disseminação científica
Durante os encontros da Anpoll, Frederico Garcia Fernandes apresentou palestras sobre integridade científica.O 39º Encontro Nacional da Anpoll (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística) foi realizado em Rio Branco (AC) e reuniu, no dia 30 de setembro, pesquisadores, docentes e estudantes de todo o país para debater temas ligados às políticas científicas, à ética em pesquisa e à produção de conhecimento na área de Letras e Linguística.
O professor Frederico Garcia Fernandes, docente do Departamento de Letras Vernáculas e Clássicas (CLCH), participou do evento em dois momentos. No primeiro, ministrou duas palestras sobre ética em pesquisa científica, apresentando e debatendo as diretrizes de integridade e ética na produção acadêmica elaboradas pelo Fórum de Ciências Humanas, Letras, Linguística e Artes, documento coordenado por ele. No segundo momento, o professor apresentou resultados de seu projeto de pesquisa desenvolvido na UEL.
Além do Encontro da Anpoll, Frederico também participou do V Encontro Nacional de Editores da Área de Letras e Linguística e do II Encontro Nacional de Editores do Fórum de Editores da Anpoll (Feanpoll). Ele destacou que o primeiro encontro do Fórum, realizado de forma online e liderado pela professora Dircel Kailer, também do Departamento de Letras Vernáculas e Clássicas da UEL, foi um marco na criação das diretrizes e estruturação do grupo de editores.
Os debates
Entre os principais eixos debatidos nos encontros, o professor destacou a necessidade de intensificar a discussão sobre ética e integridade científica, reforçando o papel da formação acadêmica no combate a práticas inadequadas na produção de conhecimento.
“A Ciência brasileira produz centenas de milhares de artigos por ano, mas alguns deles possuem práticas de desvios de integridade científica. E é preciso, primeiro de tudo, coibir isso de uma maneira veemente na comunidade. E isso a gente coíbe com muita formação acadêmica”, afirmou Frederico.
Outro ponto abordado foi a ampliação da disseminação científica, especialmente por meio de canais de comunicação das universidades, como a Rádio UEL, TV UEL e mídias sociais, a fim de tornar o conhecimento acadêmico mais acessível à sociedade.
“Então, a disseminação científica deve focar numa linguagem mais apropriada para a população de uma maneira geral, de modo que esse conhecimento produzido na academia não fique apenas para a academia, mas que ele atinja efetivamente toda a comunidade. O nosso entendimento enquanto editores é que nós temos que disseminar ao máximo os conteúdos dos nossos periódicos em linguajar que possa acessar outras áreas de conhecimento, áreas acadêmicas e não acadêmicas”, destacou o professor.
Anpoll Integra
O evento contou ainda com o Anpoll Integra, uma iniciativa que nasceu em Londrina e que busca aproximar estudantes de graduação, pós-graduação e pesquisadores consolidados. “Então, o papel de um congresso como esse é colocar em contato pesquisadores de diferentes regiões e que pesquisam temas afins para criar um potencial para a construção de redes nacionais e até internacionais que possam ampliar e potencializar o conhecimento dentro da área”, explicou Frederico.
Atualmente, o Feanpoll reúne cerca de 150 editores de periódicos científicos da área, dentro de um universo de mais de 1.200 periódicos nacionais e internacionais avaliados pelo estratos Qualis da CAPES. Diante disso, o professor Frederico explica a importância desses materiais para futuros pesquisadores.
“Dá para perceber que a variedade de periódicos é muito grande dentro da nossa área. E eles são importantíssimos para que a gente promova ali a troca de conhecimentos, a disseminação científica, mas sobretudo a criação de redes, a integração entre pesquisadores, de maneira que nós podemos partir sempre da construção de conhecimento, não de um ponto zero, mas entender que o conhecimento é algo que já vem sendo produzido. Então, a principal contribuição dos periódicos da nossa área é dar uma identidade sobre aquilo que pesquisamos, sobre aquilo que fazemos, sobre o modo também como interagimos e integramos com outras áreas do conhecimento, mas também propiciar uma base de dados que servirá para pesquisadores futuros fazerem sua pesquisa”, concluiu o professor.

*Estagiária de jornalismo na Coordenadoria de Comunicação Social.