Projetek entra em nova fase a partir de levantamento topográfico e repasse de informações técnicas
Projetek entra em nova fase a partir de levantamento topográfico e repasse de informações técnicas
Equipes iniciam em março coleta de imagens topográficas para auxiliar no atendimento a 17 prefeituras que receberão projetos arquitetônicos e de construção civil.As equipes do Escritório de Projetos Executivos de Engenharia e Arquitetura (Projetek) da UEL devem iniciar, em março, a coleta de imagens com finalidades topográficas para facilitar o atendimento às 17 prefeituras que integram a Associação dos Municípios do Médio Paranapanema (Amepar) para a elaboração e desenvolvimento de projetos arquitetônicos e de construção civil. Ao mesmo tempo, caberá aos municípios providenciar os levantamentos necessários para que os técnicos possam viabilizar os projetos de forma ágil, dando sequência à segunda etapa do programa.
Reunidos em 14 de fevereiro, na sede da Casa Civil, em Londrina, representantes do Governo, dos municípios que compõem a Amepar e a coordenação do Projetek fizeram uma avaliação do trabalho realizado nessa fase inicial. Segundo o coordenador, professor Aron Petrucci, do Departamento de Construção Civil (CTU), nesses nove meses de trabalho desde que foi inaugurado o escritório do programa, no CTU, as equipes finalizaram um projeto de reforma e de ampliação de cinco barracões industriais, localizados no município de Cafeara. Outros sete projetos estão em andamento e devem ser entregues ainda neste primeiro semestre de 2023.
Existem, ainda, outros 15 projetos que dependem de um levantamento detalhado de informações técnicas. De acordo com o coordenador, o convênio estabelecido entre a Universidade, Amepar e Governo do Paraná, via Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e Casa Civil, prevê que cabe aos municípios o repasse das informações preliminares visando a elaboração dos projetos arquitetônicos.
Petrucci esclarece que esse memorial técnico consta de levantamento topográfico, apontamento das divisas de área, identificação de edificações existentes e a chamada sondagem de subsolo. Essas informações se consolidam em um documento padrão, elaborado por profissional habilitado, devidamente assinado. A partir dessas informações iniciais as equipes têm condições de desenvolver o projeto arquitetônico e demais complementares, conforme a necessidade específica de cada município.
Nesses primeiros meses de atuação, o coordenador do Projetek percebeu que os municípios estão tendo dificuldades para repasse das informações técnicas. Diante disso, a UEL adquiriu um drone, um computador de grande porte e um software específico para agilizar o levantamento topográfico nos municípios. Os equipamentos foram adquiridos com recursos do governo estadual e têm o objetivo de buscar maior agilidade para o desenvolvimento e entrega dos projetos.
Na reunião realizada na sede da Casa Civil esse mês, os representantes das prefeituras se dispuseram a buscar alternativas que agilizem o repasse das informações técnicas. O objetivo é imprimir uma nova dinâmica ao Projetek, um esforço para atender de forma emergencial as demandas encaminhadas nesses primeiros meses de trabalho. Outra definição da reunião realizada na sede da Casa Civil é que as prefeituras vão colaborar para o deslocamento das equipes do programa para o levantamento topográfico.
Histórico
O Projetek foi criado oficialmente em agosto de 2021 com o objetivo de atender pequenos municípios com até 30 mil habitantes que necessitem de projetos arquitetônicos. As equipes são multidisciplinares, compostas por professores e estudantes de graduação e de pós-graduação de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil e Engenharia Elétrica, além de profissionais registrados nos respectivos conselhos de classe. Para reduzir os custos das obras, foi adotada a tecnologia BIM (sigla em inglês para Building Information Modeling ou Modelagem de Informações da Construção), que possibilita a atuação simultânea e colaborativa das áreas envolvidas nos projetos de edificações e instalações.
A UEL foi a primeira Universidade do estado a desenvolver a iniciativa, a partir do investimento de R$ 630 mil do Fundo Paraná. Os recursos serviram para a estruturação do escritório do programa no CTU, no Campus Universitário, e para o custeio das bolsas dos 15 estudantes e profissionais que atuam no programa, todos das áreas de Arquitetura, Engenharia Civil e Engenharia Elétrica. Atualmente o programa está disponível na UEPG, em Ponta Grossa, e na Unicentro, em Guarapuava. Já as universidades estaduais de Maringá (UEM), do Norte do Paraná (UENP) e do Paraná (Unespar) devem começar o atendimento às prefeituras a partir de março deste ano.