Museu Histórico e Prefeitura de Londrina analisam bens culturais em projeto

Museu Histórico e Prefeitura de Londrina analisam bens culturais em projeto

Na lista de bens, está a Osuel, que completa 40 anos em 2024. Iniciativa é da Associação dos Amigos do Museu (Asam), em parceria com Secretaria Municipal de Cultura.

O Museu Histórico Padre Carlos Weiss, da UEL, em parceria com a Prefeitura Municipal de Londrina, conduz o projeto “Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural em Londrina: Estudos de Bens Culturais”. A proposta foi feita pela Associação dos Amigos do Museu Histórico de Londrina (Asam) e a iniciativa será realizada, no âmbito do Município, pela Diretoria de Patrimônio Artístico-Cultural da Secretaria Municipal de Cultura (SMC). Na lista de bens analisados está a Orquestra Sinfônica da UEL (Osuel), que completa 40 anos de existência em 2024.

O objetivo dos trabalhos é promover estudos circunstanciados e profundos de dez bens culturais do Município, visando subsidiar os seus processos de tombamento que estão em trâmite na Secretaria de Cultura.

A lista de bens analisados inclui, além da já citada Osuel, o Patrimônio Três Bocas; Feira Livre dos Cinco Conjuntos (Cincão); Casa de Memória Madre Leônia Milito; Escola Municipal Padre Anchieta, no Patrimônio Heimtal; antiga Estação Telefônica de Londrina e Ginásio de Esportes Moringão. O projeto também abrange a antiga Estação Ferroviária de Londrina, hoje sede do Museu da UEL, a máquina de arroz que integra o acervo do Museu e um caminhão de Bombeiros, fabricado em 1951, que pertence ao 3º Grupamento de Bombeiros de Londrina.

Um dos bens culturais analisados pelo projeto é a Orquestra da UEL (Osuel), que comemora em 2024 40 anos de existência (Arquivo UEL).

Além dos estudos em si, o projeto compreende a elaboração de fichas de inventário e a publicação de boletins sobre os bens estudados. O primeiro boletim, com informações detalhadas sobre o caminhão do Grupamento de Bombeiros, pode ser conferido no site do Museu Histórico, neste link.

A publicação também conta com uma versão impressa, que está disponível para consulta na Biblioteca Pública Municipal de Londrina (Avenida Rio de Janeiro, 413, Centro). Entre outros públicos-alvo do boletim, estão professores e alunos do Ensino Fundamental e Médio, bem como pesquisadores.

Boletim do Museu Histórico (Divulgação).

Início

A primeira edição do projeto de pesquisa teve início em dezembro de 2022, e será concluída no fim de julho deste ano. No total, a iniciativa conta com sete integrantes, incluindo uma coordenadora-geral, uma coordenadora da área de história, uma coordenadora da área de arquitetura e quatro assistentes de pesquisa em nível de mestrado (dois de história e dois de arquitetura). A ação conta com um investimento de R$ 140 mil do Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio, aprovado pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Londrina (Compac).

Após a conclusão da primeira fase da iniciativa, será realizada uma segunda edição, em que a pesquisa abrangerá cinco bens culturais. Para essa etapa, que será finalizada em 2025, a equipe passará a contar com uma profissional que realizará a revisão da redação e das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Preservação e difusão do patrimônio

Segundo a diretora do Museu Histórico de Londrina, Edméia Ribeiro, a iniciativa do projeto de pesquisa partiu da Diretoria de Patrimônio Artístico-Cultural da Secretaria Municipal de Cultura (SMC). Ela explica que o órgão propôs ao Museu a parceria para o levantamento de informações relativas aos bens em processo de tombamento, o que contribui para o bom andamento desses procedimentos.

Ribeiro destaca que, além de auxiliar os processos de tombamento, o projeto produz uma grande quantidade de informações sobre cada bem, que ficam salvaguardadas no Museu e podem ser acessadas por pesquisadores. “É muito importante que as instituições trabalhem em rede, pois cada organização facilita o trabalho da outra. O Museu passa a contar com um acervo ainda mais rico e o Município dá continuidade ao tombamento de bens culturais, e tudo isso se soma para a preservação da memória de Londrina”, sublinhou.

A diretora de Patrimônio Artístico e Histórico-Cultural da Secretaria Municipal de Cultura, Solange Batigliana, frisou que essa iniciativa atende aos interesses nacionais de preservação e difusão do patrimônio, e acompanha as diretrizes da Política Municipal de Cultura de Londrina.

“É uma medida importante principalmente no que se refere à preservação do patrimônio histórico e cultural, mas também no que diz respeito ao reconhecimento e universalização do acesso democrático aos bens culturais e o direito à sua fruição. Além disso, promove o estímulo ao turismo cultural e à projeção de Londrina como cidade criativa e inovadora no campo da cultura e do patrimônio”, salientou Batigliana.

Com informações do N.COM.

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