Superintendente da SETI debate inovação e programas acadêmicos na Expolondrina
Superintendente da SETI debate inovação e programas acadêmicos na Expolondrina
Reunião pela manhã com representantes da UEL debateu inciativas de incentivo à produção científica e tecnológica.O superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), professor Aldo Bona, cumpriu agenda nesta quarta-feira (6) na 60ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina (ExpoLondrina), que segue até dia 10, no Parque Ney Braga, com o objetivo de difundir programas e projetos relacionados à tecnologia e inovação aplicadas ao Agronegócio. Pela manhã o superintendente visitou a Via Rural, espaço destinado à divulgação de atividades científicas inerentes ao setor. O espaço divulga as atividades e serviços do Hospital Universitário (HU/UEL), considerado referência no atendimento à saúde na região. Aldo Bona também participou de reunião com o reitor da UEL, Sérgio Carvalho, acompanhado de Pró-reitores e diretores de unidades, para discutir programas em andamento na SETI e melhorias no desenvolvimento de projetos de inovação.
O superintendente confirmou que a UEL será uma das Instituições de Ensino Superior paranaenses que deverá receber pesquisadores ucranianos, por meio de programa de Acolhida, desenvolvido pelo Governo do Paraná, em parceria com a Fundação Araucária e Seti. O principal objetivo é o recrutamento de cientistas das universidades ucranianas para desenvolverem suas pesquisas nas universidades sediadas no Paraná por um período de até dois anos. O Estado deverá receber até 50 pesquisadoras.
Participaram do encontro, além do reitor da UEL, os pró-reitores Amauri Alfieri (Pesquisa), Mara Solange Delarosa (Extensão, Cultura e Sociedade), Mário Sérgio Mantovani (Planejamento), Sérgio Henrique Gerelus (Coordenador de Comunicação) e Edson Miura (Agência de Inovação Tecnológica). Também participaram da reunião os professores Admilton Gonçalves de Oliveira Júnior (Departamento de Microbiologia/CCB) e Cristianne Cordeiro Nascimento, diretora de Planejamento e Integração Acadêmica, da Pró-reitoria de Planejamento.
Prêmio C&T – Durante a reunião o superintendente solicitou que a Universidade incentive professores e estudantes a se inscreverem no 35º Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia do Governo do Estado, considerada uma das principais iniciativas de incentivo e reconhecimento científico e tecnológico do Brasil. A edição deste ano do Prêmio vai conceder premiação superior a R$ 250 mil para pesquisadores e cientistas. As inscrições seguem até 30 de junho.
Nesta edição serão avaliados projetos das áreas de Ciências Exatas e da Terra e Ciências da Saúde. Segundo Aldo Bona, a premiação valoriza a trajetória acadêmica dos pesquisadores paranaenses com intuito de estimular a inovação e colaborar com mudanças importantes para o avanço tecnológico, reconhecendo o protagonismo dos pesquisadores.
O superintendente também quer que a UEL participe em peso do Programa de Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime), uma iniciativa de pré-aceleração para projetos de pesquisa científica e tecnológica, desenvolvidos por pesquisadores do do Paraná. O objetivo é atender cientistas apoiados por incubadoras, agências de inovação e núcleos de inovação tecnológica (NITs).
As inscrições vão até 1º de maio, no portal da SETI, de forma gratuita. No total, serão selecionados 100 pesquisadores para a primeira fase do programa, sendo 20 com projetos com Patente de Invenção (PI) depositada ou concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi).
No ano passado um dos pesquisadores classificados foi o professor Admilton Gonçalves de Oliveira Júnior, que conseguiu licenciar uma tecnologia inédita para produção de um novo biodefensivo agrícola, feito à base de Bacillus velezensis linhagem CMRP4489, produto microbiológico bastante eficiente para o controle de doenças de plantas como soja e milho. A linhagem foi isolada e desenvolvida pelo grupo de pesquisa do Laboratório de Biotecnologia Microbiana (Labim), do Centro de Ciências Biológicas (CCB), coordenado pelo professor Admilton.
Para o superintendente da SETI, o Prime representa uma forma de divulgar a pesquisa desenvolvida nas Universidades e chega ao mercado em forma de produto, trazendo dividendos e benefícios diretos à sociedade. De acordo com Aldo Bona, no ano passado as Universidades registraram mais de 700 pedidos de patente, o que demonstra o grande potencial das Instituições de Ensino Superior.