Pesquisadores da UEL lecionam em Clubes de Ciências da rede pública 

Pesquisadores da UEL lecionam em Clubes de Ciências da rede pública 

Nove escolas estaduais de Londrina fazem parte do projeto da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência.

Pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina se juntam a profissionais da educação básica paranaense a fim de apresentar o universo da ciência a milhares de estudantes das escolas estaduais através de Clubes de Ciências. Lançada no mês de julho do ano passado, a iniciativa integra a Rede de Clubes Paraná Faz Ciência que, até então, já criou 200 grupos distribuídos em 31 Núcleos Regionais de Educação do Paraná. Só em Londrina, nove instituições de ensino básico já fazem parte do projeto.

Com investimento de R$23,5 milhões, os clubes foram implantados no contexto do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI), com fomento da Fundação Araucária e apoio das secretarias da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e da Educação (Seed). Em 2025, na busca de abranger escolas de todos os 32 Núcleos Regionais de Educação do Estado, ainda é prevista a criação de outros 45 Clubes, feito possível através da junção da iniciativa com o Projeto Paraná Faz Ciência Maker.

Dentre as instituições Londrinenses que participam da Rede de Clubes, integram a lista os Colégios estaduais Professor Newton Guimarães, Antônio de Moraes Barros, Nossa Senhora de Lourdes, Professora Adélia Dionísia Barbosa, Hugo Simas, Machado de Assis, Dr. Willie Davids, além do Instituto Londrinense de Educação de Surdo e o Instituto de Educação Estadual de Londrina (IEEL).

Expectativas futuras – Representante da Universidade Estadual de Londrina (UEL), a coordenadora institucional do Paraná Faz Ciência, a docente do Departamento de Biologia Geral Mariana Soares de Andrade, tem grandes expectativas para o começo do ano. Segundo ela, já houve uma compreensão do potencial de inovação da Rede de Clubes: “No ano passado, nós já tivemos um curso inicial de formação para os professores da rede básica e, agora, vamos efetivamente começar de uma forma mais robusta as atividades de pesquisas com os clubes”.

Ainda de acordo com Mariana, em 2025 haverá mais um curso de formação para professores, com novas abordagens e conteúdos originados a partir de e-books baseados em diferentes temáticas ligadas aos clubes de ciência. No meio tempo, as universidades já estão com os seus bolsistas, os quais vão dar apoio administrativo e, sobretudo, pedagógico para as escolas. “Junto com o professor, nós vamos ter os bolsistas pedagógicos, mais pesquisadores em nível de pós-graduação, todos conversando com essas escolas, potencializando o que vai ser desenvolvido”, completa.

Docente do Departamento de Biologia Geral (CCB) da UEL Mariana Soares de Andrade é coordenadora institucional do Projeto Paraná Faz Ciência Maker. (Foto: Agência UEL).

Também sobre o futuro do projeto, Débora de Mello Sant’Ana, coordenadora da Rede pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), espera mostrar à comunidade os resultados advindos dos 245 Clubes. “Nossa expectativa é que os clubes de ciências avancem e fortaleçam a formação de iniciação científica dos clubistas participantes. Esperamos que importantes projetos sejam desenvolvidos buscando compreender e responder a desafios locais e regionais”, afirma.

O presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, por sua vez, pontua a importância do incentivo e valorização da ciência desde os passos iniciais das crianças. “A formação dos cientistas precisa começar na infância, desde a educação básica, porque leva tempo para que eles amadureçam. É um início e eu espero que mais escolas possam ter os seus clubes de ciência e que possamos ter, não somente os 23 mil doutores que temos hoje no Paraná, mas chegar em 2035 em torno de 40 mil doutores”, expressou no lançamento da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência. 

*Estagiário de Jornalismo na COM/UEL.

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