Seminário apresenta tecnologia japonesa para cultivo de morangos
Seminário apresenta tecnologia japonesa para cultivo de morangos
Pesquisador convidado é Kouichi Yamamoto, do Centro Geral de Tecnologia em Agricultura, Silvicultura e Pesca, da cidade de Hyogo.Produtores rurais, pesquisadores e estudantes participam no próximo dia 27 de outubro, a partir das 20 horas, do seminário on-line sobre A tecnologia de cultivo de morango na Província de Hyogo, no Japão, considerada referência mundial para a produção da fruta por utilizar técnicas para alterar a fisiologia da planta, melhorando o rendimento e a qualidade. O seminário traz palestra do pesquisador Kouichi Yamamoto, do Centro Geral de Tecnologia em Agricultura, Silvicultura e Pesca de Hyogo, com tradução sequencial para o português, e transmissão ao vivo no canal oficial do Youtube da UEL.
O seminário contará também com a participação do Superintendente Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona e do reitor da UEL, Sérgio Carvalho. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas neste endereço. Os participantes terão direito a certificado expedido pela Pró-reitoria de Extensão, Cultura e Sociedade (PROEX) da UEL.
Segundo a professora Daniela Alfieri, do Departamento de Ciências Farmacêuticas da UEL, membro da Coordenadoria de Ciência e Tecnologia da SETI, o seminário tem o objetivo de proporcionar aperfeiçoamento a pesquisadores envolvidos na produção de morangos, desde o preparo do solo até a colheita no melhoramento genético. Ela lembra que a UEL coordena o projeto Rede Morangos do Brasil que congrega mais de 50 pesquisadores e bolsistas ligados as Universidades Paranaenses e Institutos de Pesquisa nacionais, que buscam melhorias para a cadeia produtiva da fruta.
O projeto ganhou investimentos da ordem de R$ 600 mil por parte da Seti, por meio da Unidade Gestora do Fundo Paraná (UGF). O recurso prevê a implantação de casas de vegetação, câmaras frias, equipamentos de alta tecnologia e infraestrutura de transporte e laboratórios para o desenvolvimento de uma cultivar de morango brasileira.
Tecnologia japonesa
O coordenador do projeto Rede Morangos do Brasil, professor Juliano Tadeu Vilela de Resende, do Departamento de Agronomia da UEL, explica que a tecnologia utilizada pelos produtores de Hyogo, denominada Culture Force, prevê o monitoramento de temperatura e a mudança na estrutura fisiológica do morangueiro para obter melhor rendimento. Em comparação, no Brasil, explica o professor, todas as variedades cultivadas são importadas, o que interfere na produtividade e na qualidade das plantas e frutas, respectivamente.
Essa importação, além de tornar o país dependente de tecnologia de fora, impacta nos custos de produção, já que uma muda é adquirida pelos produtores por valores entre RS 1,30 e RS 1,70. Sem contar que as variedades utilizadas não são totalmente adaptadas às condições de clima e solo brasileiro. A proposta da Rede Morangos é obter uma variedade made in brasil até 2023. Ainda de acordo com o professor Juliano, o Paraná tem hoje aproximadamente mil hectares ocupados com a cultura do morango. São 2,5 mil agricultores familiares que produzem o equivalente a 30 mil toneladas da fruta/ano.
A Rede Morangos do Brasil é coordenada pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) em parceria com a Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) e conta com participação de instituições nacionais como o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI), Instituto Agronômico (IAC), Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (EMATER) e o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER).