Laboratório de Fisioterapia receberá R$ 220 mil para atender projeto de mulheres que sofrem com dores no joelho

Laboratório de Fisioterapia receberá R$ 220 mil para atender projeto de mulheres que sofrem com dores no joelho

Recursos serão utilizados na aquisição de equipamentos e na concessão de bolsas de Iniciação Científica (IC) e de pós-graduação.

Localizado no Centro de Ciências da Saúde (CCS), o Laboratório de Fisioterapia da UEL deverá receber equipamentos novos a partir da liberação de R$ 220 mil do Fundo Paraná, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). Os recursos serão utilizados na aquisição de 37 equipamentos, como uma plataforma de força, um eletromiógrafo (aparelho que avalia a função muscular e diagnostica problemas nervosos ou musculares, a partir dos sinais elétricos), bicicletas ergométricas e outros, além da concessão de bolsas de Iniciação Científica (IC) e de pós-graduação. 

Coordenadora do Colegiado de Fisioterapia da UEL, a professora Christiane de Souza Guerino Macedo explica que a captação dos recursos ocorreu por meio do projeto estratégico intitulado “Apoio à pesquisa de treinamento muscular a mulheres com dor anterior no joelho ou síndrome da dor patelofemoral: ensaio clínico aleatorizado no Laboratório de Fisioterapia do CCS/UEL”, que nasceu com o projeto de doutorado da estudante do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Daiane Cristina Ferreira. A aquisição beneficiará mulheres cadastras no projeto que apresentam dores nos joelhos.

A reitora da UEL, Marta Favaro, destaca a ação articulada entre a Pró-reitoria de Planejamento (Proplan) e os Centros de Estudos na busca por projetos estratégicos que se enquadrem nos critérios das diferentes fontes captação de recursos. “É uma das formas de ampliarmos as condições de termos nossos equipamentos e estruturas aptas para nossos estudantes, agentes universitários, docentes e, em especial no caso do Laboratório de Fisioterapia, à comunidade externa”, afirma.

Melhorias no atendimento

O projeto prevê a realização de avaliações e sessões de fisioterapia para até 70 mulheres. O público-alvo são mulheres com mais de 40 e menos de 65 anos que sofrem com dores nos joelhos e, por conta disso, acabam desenvolvendo quadros de obesidade e hipertensão em decorrência do sedentarismo. “Estamos falando de mulheres que às vezes não conseguem trabalhar e precisam se afastar por conta da dor. A origem dos sintomas é a sobrecarga, falta de força muscular, excesso de trabalho em pé e ai dói para agachar, subir escadas, sentar, fazer caminhadas. Um efeito cascata porque surge um contexto de sedentarismo associado”, exemplifica a professora. 

Ainda de acordo com ela, o protocolo de atendimentos no Laboratório de Fisioterapia inclui duas sessões de fisioterapia por semana. Logo na primeira sessão, explica, cada paciente passará por uma avaliação da força muscular com a utilização da plataforma de força, além dos outros equipamentos. “Vamos usar o Eletromiógrafo e o Dinamômetro de Força também para podermos mensurar estes parâmetros de forma bem objetiva”, explica. Estes equipamentos são usados no tratamento da dor através da “Eletrotermofototerapia, então, são as correntes analgésicas, o laser, o ultrassom, dependendo da indicação”, diz.

Professora do Centro de Ciências da Saúde, Christiane de Souza Guerino Macedo é coordenadora do Colegiado de Fisioterapia da UEL e do projeto de Doutorado. Foto: arquivo pessoal.

Em seguida, terá a fase de fortalecimento muscular. No contexto da metodologia do estudo, as pacientes vão ser divididas aleatoriamente em dois grupos. Enquanto um grupo fará o fortalecimento muscular através de movimentos e do uso de carga, o outro será submetido ao tratamento com o uso do equipamento conhecido como Oclusão Vascular Parcial.

“São manguitos, assim como fitas, que fazem a oclusão bem próxima à parte superior da coxa e com essa oclusão estimulamos o músculo a trabalhar mais. Utilizamos menos carga no exercício, dói menos, mas eu consigo fortalecer como se estivesse colocar muita carga. Este é o objetivo da pesquisa: comprovar que eu posso tratar essas mulheres com oclusão e com menos carga e que elas vão ficar bem e conseguir fazer os exercícios”, diz. 

Questionada sobre a expectativa para o aparecimento dos primeiros resultados, a professora explicou que, em média, com cinco sessões de Eletrotermofototerapia e fortalecimento na fisioterapia, as pacientes já devam perceber os bons resultados com a redução da dor. 

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