UEL articula 20 clubes de ciências no Paraná
UEL articula 20 clubes de ciências no Paraná
A Universidade é uma das instituições parceiras do NAPI Paraná Faz Ciência.Ninguém faz ciência sozinho. É preciso investigar, debater e, claro, trabalhar em equipe. Por isso, o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) – Paraná Faz Ciência é tão importante para o desenvolvimento de jovens cientistas no país — e as Instituições de Ensino Superior (IES) fazem parte desse processo. A Universidade Estadual de Londrina (UEL), por exemplo, articula 20 Clubes de Ciências no estado.
A coordenadora institucional do NAPI PRFC na UEL é a professora Mariana Andrade, docente no Departamento de Biologia Geral da instituição. Para ela, que acumula a função de coordenadora estadual do PRFC Maker, o objetivo da Rede de Clubes é justamente a “formação científica de estudantes da Educação Básica, o desenvolvimento do caráter investigativo sobre as Ciências, a produção de pesquisas para feira e mostras científicas, o contato com pesquisadores de diferentes áreas de conhecimento e o estímulo do interesse por carreiras universitárias.”

Para que esse trabalho seja possível, existe por trás uma equipe bastante engajada, que contribui com as atividades e com a orientação dos clubes de ciência da região. Junto com a professora Mariana, a UEL conta com bolsistas pedagógicos, administrativos, de comunicação, de Iniciação Científica, de Desenvolvimento Tecnológico Nível 2, de pós-doutorado e de extensão (PIBEX).
Além da articulação dos clubes de ciência, a UEL ainda é responsável pela coordenação da parte administrativa dos clubes de ciência Maker, do Comitê de Ética em Pesquisa, dos cursos de formação desenvolvidos pelo PRFC e da compra de material para 100 clubes. A Universidade também participa da meta de articulação entre museus de ciências e tecnologia, com o Museu de Ciência e Tecnologia de Londrina (MCTL).
Clubes nas escolas
A Secretaria Estadual de Educação (SEED) é outro pilar fundamental na caminhada rumo à popularização da ciência. Dentro do NAPI, essa participação é feita através dos Núcleos Regionais de Educação (NREs), da direção das escolas e dos professores coordenadores dos clubes. No caso da UEL, a atuação é com o NRE de Londrina (15 clubes) e de Telêmaco Borba (4 clubes). Há ainda mais um clube articulado pela Universidade, porém ligado ao Instituto Federal do Paraná (IFPR – Campus Londrina) e à Rede de Clubes PRFC Meninas.
Com relação aos Clubes de Ciências do Núcleo Regional de Educação de Londrina, eles estão espalhados em escolas de cinco municípios: dez em Londrina, dois em Ibiporã, um em Alvorada do Sul, um em Cambé e um em Rolândia. Desses, 12 fazem parte do PRFC, dois do PRFC Maker e um do PRFC Meninas. Os clubes do NRE de Telêmaco Borba, por sua vez, se encontram em três cidades: dois em Ortigueira, um em Telêmaco Borba e um em Reserva — todos do PRFC.

(Foto: Sabrina Heck).
Segundo o professor Leonardo Zanoni, técnico pedagógico do NRE de Londrina, do Setor de Articulação Acadêmica, a iniciativa possibilita que os clubistas aprendam a utilizar a metodologia científica no cotidiano, além de desenvolverem habilidades colaborativas entre eles. “A expectativa é que os professores possam aprimorar suas práticas pedagógicas e os estudantes possam se apropriar da cultura científica em relação à sua realidade”, destaca.
A professora Fabiola Figueiredo, técnica pedagógica do NRE de Telêmaco Borba, concorda com o ponto de vista. De acordo com a profissional, os clubes têm uma importância estratégica e pedagógica significativa. “Os estudantes deixam de ser apenas receptores de conteúdo e passam a atuar como protagonistas da aprendizagem”, explica. “Isso é uma forma eficaz de combater o desinteresse escolar e, consequentemente, reduzir a evasão escolar, melhorar índices de desempenho, estimular talentos em comunidades menos favorecidas, estimular o pensamento crítico e a curiosidade científica.”
Em Londrina, participam da Rede de Clubes o Colégio Estadual Cívico Militar Professora Adélia Dionísia Barbosa (ADB Clube de Ciência), C.E. Machado de Assis (Clube Eco Sapiens), C.E. Professora Maria José Balzanelo Aguilera (Clube Maker – Eco Intelectos), C.E. Antônio Moraes de Barros (Clube Exploradores da Ciência), C.E. Dr. Willie Davids (Forno Solar), C.E.C.M. Professor Newton Guimarães (Clube Litterae Ludus), C.E. Nossa Senhora de Lourdes (Clube Lourdes Science Team) e C.E.C.M. Hugo Simas (Clube Mentes Curiosas); além do Instituto Londrinense de Educação de Surdos – ILES (Clube Ciência em Mãos) e do Instituto de Educação Estadual de Londrina – IEEL (Clube Eco Ciências).

Os demais clubes do Núcleo do município são do Colégio Estadual 14 de Dezembro (Clube 14), de Alvorada do Sul; C.E. Cívico Militar Attílio Codato (Clube Meninas – Marie Curie), de Cambé; C.E.C.M. Presidente Kennedy (Clube Discovery Kennedy’s), de Rolândia; C.E. Unidade Polo Ibiporã (Clube Unidade Polo) e C.E. do Jardim San Rafael (Clube Maker – Rafa Makers), ambos de Ibiporã.
Já as escolas participantes do NRE de Telêmaco Borba, são o Colégio Estadual São Francisco de Assis (Clube Cientistas em Ação), de Telêmaco Borba; o Colégio Estadual Manoel Antônio Gomes (Clube Riso), de Reserva; o Centro Estadual de Educação Profissional Florestal e Agrícola de Ortigueira (Clube Lavoisier) e o Colégio Estadual Altair Mongruel (Clube Mentes Brilhantes), ambos de Ortigueira.
Evento “Biomas na UEL”
Para fortalecer a integração entre os clubes, a UEL organizou o evento “Biomas na UEL: dos clubes de ciência à pesquisa e extensão na Universidade”. O encontro foi realizado no dia 28 de maio deste ano, como uma das atividades da Semana Nacional da Ciência e Tecnologia de 2024. A programação seguiu o projeto aprovado na Universidade Estadual de Maringá (UEM).
O evento começou com uma palestra de abertura, que contou com falas de autoridades e uma apresentação sobre o trabalho que está sendo desenvolvido pela equipe NAPI UEL. Depois, as escolas se dividiram para conhecer algumas das pesquisas do Centro de Ciências Biológicas (CCB), visitar o Museu de Zoologia da UEL e passear pelo Museu de Ciência e Tecnologia de Londrina (MCTL).
A UEL conseguiu reunir aproximadamente 400 pessoas ao longo do dia, entre alunos e professores. A iniciativa foi muito elogiada pelos clubistas, principalmente por esclarecer o funcionamento da pesquisa e extensão no Ensino Superior. Por meio das atividades desenvolvidas no evento, os visitantes puderam entender melhor como funciona o “fazer ciência” na Universidade.
