Paraná Fala Idiomas oferta curso de português para pesquisadores ucranianos

Paraná Fala Idiomas oferta curso de português para pesquisadores ucranianos

Atividade da ARI e Proex visa inserir os pesquisadores ucranianos no cotidiano brasileiro, a começar pela língua.

A distância entre Brasil e Ucrânia não é só geográfica. Os 10.680 km que separam a capital Kiev de Brasília guardam, também, uma diversidade profunda, a começar pelo idioma. Visando diminuir essa distância, o “Programa Paraná Fala Idiomas – Português como Língua adicional para imigrantes” iniciou sua segunda fase, nesta segunda-feira (25), com a retomada da oferta de cursos em português a pesquisadores ucranianos e seus familiares.

O curso, que será online, vai até o dia 15 de dezembro e já teve sua primeira fase concluída, coordenada pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP). A iniciativa complementa outras, do Governo do Estado, no sentido de acolher e orientar acadêmicos ucranianos e seus familiares durante o período de adaptação no Brasil. A intenção é, também, facilitar a integração destes profissionais no ambiente universitário e na vida cotidiana.

Durante a segunda fase do programa, em curso, a UEL está na coordenação institucional e prossegue o trabalho realizado pela UENP. Sob a coordenação da assessora de Relações Internacionais (ARI), Viviane Bagio Furtoso, o projeto conta com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Sociedade (Proex). A equipe é composta por dois coordenadores pedagógicos, cinco professores e um bolsista de graduação.

As próximas etapas vão focar na linguagem científica, na produção de gêneros acadêmicos, orais e escritos, tais como elaboração de resumos para participação em eventos, confecção de slides para aulas e palestras, comunicação oral de resultados de pesquisa às comunidades locais, dentre outros. As crianças e adolescentes, filhos dos pesquisadores, serão agrupados em turmas específicas para que as necessidades de uso da língua portuguesa no convívio escolar (e fora dele) sejam atendidas.

A professora Viviane destaca a importância da iniciativa, apoiada com fundos da Unidade Executiva Fundo Paraná (UEF). “A língua é um instrumento de poder que possibilita a integração na sociedade. Sem ela, é muito difícil participar, agir e expandir seus conhecimentos”, detalha.

Reduzir desigualdades e aproximar povos

A UEL também oferece outros cursos de português para a comunidade de imigrantes em Londrina. No ano passado, 24 imigrantes haitianos fizeram um curso de português oferecido pelo ARI. Neste semestre, oferta cursos inclusive aos sábados, numa escola da Zona Norte da cidade. A ação é uma parceria com outros setores municipais e, segundo Viviane, vai ao encontro do compromisso da UEL de “reduzir desigualdades e aproximar os povos”. “A ideia é promover não só o acolhimento humanitário, mas também oferecer oportunidades de participação desses imigrantes no mercado de trabalho e no meio acadêmico por meio do conhecimento da língua portuguesa”, finaliza a assessora.

Em agosto, a UEL recebeu o terceiro pesquisador ucraniano, como parte do Programa Paranaense de Acolhimento aos Cientistas Ucranianos, da Fundação Araucária (FA). O programa visa acolher nas universidades estaduais pesquisadores vindos da Ucrânia devido à guerra com a Rússia, que começou em fevereiro de 2022.

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