Sua Excelência, a Pós-Graduação
Sua Excelência, a Pós-Graduação
Universidade conta com 35 doutorados e 47 mestrados, ligados a 49 programas de pós-graduação em todos os centros de ensino.A UEL passou a contar, no ano passado, com mais dois programas de pós-graduação avaliados com o conceito 7 na Avaliação Quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Após a análise dos documentos públicos que servem como balizadores na análise, os Programas de Ciência Animal (CCA) e Patologia Experimental (CCB) tiveram o conceito elevado para a nota máxima, o que indica que possuem um desempenho equivalente a padrões internacionais de qualidade. Com o resultado, os dois programas se uniram ao Pecem (Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática), até então o único da instituição avaliado com o conceito 7.
A UEL também conseguiu a aprovação de mais dois cursos de doutorado, em Psicologia e em Bioenergia, durante a última reunião do colegiado do Conselho Técnico-Científico de Ensino Superior da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), realizada em agosto, em Brasília. Com essa aprovação, a UEL passou a contar com 35 doutorados e 47 mestrados ligados a 49 programas de pós-graduação. Deste total, cinco são considerados de excelência, conforme avaliação da Capes, ou seja, com notas 6 ou 7.
O novo doutorado em Bioenergia nasce interinstitucional e atuará por meio de rede com outras cinco universidades públicas do Paraná: a Universidade Federal (UFPR) e as estaduais de Maringá (UEM), Centro-Oeste (Unicentro), Oeste do Paraná (Unioeste) e Ponta Grossa (UEPG). Já o de Psicologia será oferecido pelo Programa de Pós-Graduação do curso, criado há sete anos, pela Resolução Cepe n°. 008/2016.
Pandemia
O período de pandemia não paralisou as pesquisas e a produção científica na UEL. Muito pelo contrário: estimulou a dedicação dos pesquisadores, não apenas nas áreas da saúde, pois todas foram afetadas pelas restrições sanitárias.
Só para se ter uma ideia, levantamento realizado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (ProPPG) da UEL demonstrou que, no período de um ano, do início da pandemia (março de 2020) até a última semana de abril de 2021, foram concluídos 1.321 trabalhos, dissertações e teses em várias áreas do conhecimento. Em 13 meses, a UEL formou 141 novos doutores, 402 mestres e 778 especialistas.
No ano de 2021, a ProPPG fechou o balanço com o registro de 124 teses e de 320 dissertações concluídas, em programas de pós-graduação (mestrados e doutorados), com contribuições para a pesquisa do país em diversas áreas do conhecimento. A pós-graduação lato sensu, com foco na formação profissional, também teve saldo expressivo: 718 estudantes concluíram os cursos de especialização e ainda outros 198 as residências médicas e em Saúde. Outros 26 estudantes finalizam ainda o mestrado profissional, fechando o saldo em 1.386 pós-graduandos concluintes.
O ano de 2022 foi igualmente bem produtivo para os discentes e docentes dos Programas de Pós-Graduação Stricto sensu da UEL. De acordo com a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Prograd), foram entregues 428 trabalhos, sendo 140 teses e 288 dissertações.
Publicações
Além da Biblioteca Digital da Universidade, que conserva e disponibiliza as teses e dissertações dos Programas de Pós-Graduação da UEL, as revistas científicas produzidas na instituição vêm ganhando cada vez mais destaque em suas respectivas áreas do conhecimento.
A maioria dos periódicos passou a contar com o conceito mais alto na avaliação do Qualis Periódicos, da Capes, referente ao Quadriênio 2017-2020. Conforme a avaliação, 17 dos 27 periódicos científicos da Universidade foram classificados com o índice A, que conta com quatro estratos. Destas, três foram reconhecidas com o índice mais alto (A1), conferindo relevância internacional ao trabalho dos pesquisadores envolvidos na produção dos artigos científicos e na edição dos periódicos. Cabe observar que o periódico mais antigo da instituição, a Revista Semina, está comemorando 45 anos.
Prêmios
São numerosas as premiações, menções honrosas e outros tipos de reconhecimento às pesquisas desenvolvidas na UEL, sejam projetos de professores ou pesquisas de mestrandos e doutorandos. Alguns exemplos:
Um grupo de pesquisadores ligados aos laboratórios de Biotecnologia, Microbiologia e Bacteriologia da UEL teve um projeto e uma patente de medicamento reconhecidos no Prêmio Inventores 2023, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que homenageia iniciativas relacionadas à inovação de professores, alunos e ex-alunos da Universidade. O grupo recebeu a premiação na categoria Patente Depositada pelo desenvolvimento do gel creme tópico com atividade antimicrobiana e conservante.
Uma pesquisa do doutorado em Patologia Experimental ganhou prêmio inédito para a UEL: o Prêmio Capes de Tese Edição 2017, na área de Medicina. O estudo é de autoria de Felipe Almeida de Pinho Ribeiro, orientado pelo professor Waldiceu Aparecido Verri Junior, do Departamento de Ciências Patológicas (CCB).
Uma nova espécie de peixe do gênero Ancistrus, conhecido popularmente como cascudo, foi descoberta por um pesquisador do Laboratório de Ictiologia (LIC) em parceria com pesquisadores de outras instituições, e batizada com o nome Ancistrus luzia. O peixe, que habita os rios Xingu e Tapajós, na região Amazônica, foi encontrado pelos professores José Luís Birindelli, do Departamento de Biologia Animal e Vegetal (CCB) e pesquisador do Museu de Zoologia; Leandro Sousa, da Universidade Federal do Pará (UFPA); e Marcelo Britto, do Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), seus orientandos.
Uma ex-aluna do mestrado profissional em Letras Estrangeiras Modernas, Thais Balbino, e sua orientadora, a professora Juliana Tonelli, foram as ganhadoras na categoria Melhor Pesquisa do e-Asssment Awards, premiação promovida pela organização sem fins lucrativos The e-Assessment Association, sediada em Manchester, na Inglaterra. Em sua pesquisa, ela criou um guia interativo para professores de inglês em que busca colaborar com o letramento em avaliação da aprendizagem, tendo como foco o uso da autoavaliação com crianças.
O professor do Departamento de Ciências Patológicas, Waldiceu Verri Junior, recebeu, ano passado, um prêmio da revista científica britânica Nature. O pesquisador foi contemplado com o prêmio Nature Research Award for Mentory in Science, que reconhece anualmente o trabalho de cientistas de todo mundo pela excelência na mentoria científica.
O mestrando do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia Georges Khouri foi eleito o inovador do ano pelo júri do Falling Walls Lab Brazil 2021, promovido pelo Centro Alemão de Ciência e Inovação (DWIH), em São Paulo. Georges foi eleito entre 56 participantes de todo o Brasil, que apresentaram ideias inovadoras: o estudante desenvolveu o projeto “Breaking the Wall of Misdiagnosis in Neglected Diseases” um teste sanguíneo rápido para baratear o custo e acelerar o diagnóstico de doenças como Chagas, leishmaniose e malária em regiões pobres.
O estudante Arthur Lucena, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, ganhou o prêmio de melhor artigo na modalidade “Virtualização Inteligente” no 2º Simpósio Brasileiro de Tecnologia de Informação e Comunicação na Construção (SBTIC). Intitulado “Análise crítica dos avanços no uso de realidade virtual e estratégias baseadas no universo dos jogos para a gestão da segurança na construção civil”, o artigo é focado nas pesquisas desenvolvidas pelo estudante, orientado pela professora Fernanda Aranha Saffaro, professora do Departamento de Construção Civil (CTU).
A dissertação de Ana Maria Mendes Miranda, orientada pela professora Adriana Rosecler Alcará (Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação), ficou em 1º lugar no Prêmio ANCIB (Associação Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação), Categoria Mestrado Acadêmico.