Projeto de pesquisa sobre musculação na 3ª idade expande atividades e beneficia idosas em Portugal

Projeto de pesquisa sobre musculação na 3ª idade expande atividades e beneficia idosas em Portugal

Coordenação é de ex-aluno da graduação e da pós-graduação da UEL, Alex Ribeiro, aprovado em 2023, na Universidade de Coimbra

O estudo pioneiro Envelhecimento Ativo (Active Aging Longitudinal Study), desenvolvido pelo Grupo de Estudo e Pesquisa em Metabolismo, Nutrição e Exercício (GEPEMENE) da UEL, começa a dar os primeiros resultados com idosos que moram fora do país, por meio do professor e pesquisador da Universidade de Coimbra, Alex Ribeiro, egresso do Programa de Pós-graduação Associado em Educação Física UEM-UEL (PEF). Um grupo de 15 idosas entre 50 e 70 anos iniciou há pouco mais de um mês as atividades de musculação orientada por meio de projeto semelhante ao da UEL, desenvolvido na Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física de Coimbra.

A coordenação é do professor Alex, que participou do projeto aqui em Londrina entre 2013 e 2015. Ex-aluno da graduação e da pós-graduação da UEL, ele foi aprovado em concurso internacional em 2023. A pesquisa sobre Envelhecimento Ativo teve início em 2012, no Centro de Educação Física e Esporte (CEFE), e representa o maior estudo mundial na área de treinamento de força em mulheres com mais de 60 anos, abrangendo mais 100 artigos científicos publicados, além de 30 trabalhos acadêmicos.

Segundo Alex, em Portugal as atividades com as idosas têm características semelhantes ao trabalho desenvolvido aqui, especialmente quanto à modalidade de exercício (treino resistido, popular musculação) e a população estudada (mulheres idosas), porém com manipulação diferente das variáveis de treino. “O projeto tem como objetivo verificar o impacto do treino resistido misto sobre indicadores de saúde e qualidade de vida em mulheres acima dos 50 anos”, observa.

O coordenador do projeto, professor Edilson Serpeloni Cyrino, do Departamento de Educação Física, esteve em Coimbra em meados deste ano acompanhando outros dois estudantes do Programa de Pós-graduação Associado em Educação Física que realizam doutorado sanduíche em Portugal. Segundo ele, as atividades têm semelhanças com o projeto da UEL, porém, irá abranger uma faixa etária a partir dos 50 anos.

De acordo com Serpeloni, em Portugal existem alguns estudos experimentais com idosos, porém, com menor volume de dados e informações em comparação com o conjunto da pesquisa desenvolvida aqui há mais de 12 anos. O coordenador ressalta que o treinamento de força, em particular a musculação, é uma estratégia para combater muitos dos efeitos prejudiciais associados ao envelhecimento, porque previne e controla diversas doenças crônico-degenerativas como hipertensão, diabetes, cardiopatias, obesidade, dislipidemia (alterações nos níveis de colesterol e de triglicérides), artrose, osteoporose, entre outras.

Entre outros benefícios, a prática regular do exercício fortalece músculos, melhora o equilíbrio estático e dinâmico, reduzindo o número de quedas e fraturas. Também auxilia na melhora da qualidade do sono e controle da ansiedade e depressão. Os estudos demonstram ainda que a prática regular da musculação em mulheres idosas está relacionada com a melhoria das funções cognitiva e executiva.

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