NDPH promove exposição “O Integralismo no Norte do Paraná” nesta quinta (14)

NDPH promove exposição “O Integralismo no Norte do Paraná” nesta quinta (14)

A mostra fica exposta no Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica da UEL até 14 de novembro e é fruto do trabalho de estudantes do curso de História.

O Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica da UEL (NDPH) abre a exposição “O Integralismo no Norte do Paraná” nesta quinta-feira (14), às 18h30, na Sala dos Consulentes do Núcleo. Os trabalhos foram desenvolvidos pelos estudantes de graduação Thamires Machado e Victor Gomes para a disciplina de Brasil contemporâneo, com a supervisão da professora Dora Shellard Corrêa. A exposição ficará à mostra na Sala de Consulentes do NDPH, no Centro de Letras e Ciências Humanas (CLCH), até o dia 14 de novembro.

O diretor do NDPH, professor José Miguel Arias Neto, do Departamento de História, destaca que a importância do tema vai além de estudar o passado do movimento variante do fascismo na década de 30. “Trata-se de um passado que não acabou e que adquire outras colorações hoje em termos globais, como se vê com o crescimento transnacional da extrema-direita. Em outras palavras, o movimento não morreu. Ele se transformou. Essa é a importância da temática”.

A documentação básica da mostra é constituída pelo noticiário do Jornal “Paraná-Norte” acerca do Levante Integralista de 1938, uma tentativa de golpe de estado promovida pelo movimento contra a ditadura de Getúlio Vargas, no Paraná. O aluno do quinto ano Victor Gomes, integrante da organização do evento, conta que o objetivo era demonstrar o posicionamento do Jornal em relação ao movimento integralista.

Mapa dos Núcleos Integralistas no Paraná em 1935 (Fotos: Reprodução).

“Após analisar as reportagens, decidimos separá-las em quatro blocos: a posição contrária do jornal sobre a relação dos regimes totalitários europeus com o integralismo; a questão do integralismo no Norte do Paraná; a repercussão do Levante de 1938, a valorização de Vargas e ações punitivas; e a insistência de ações integralistas e a reafirmação do fracasso do integralismo”, explica o estudante.

A partir da exposição, os organizadores esperam provocar reflexões sobre a trajetória política tanto nacional quanto paranaense do movimento, desenvolvendo iniciativas dos estudantes para a divulgação pública dos fatos. “Tendo em vista a continuidade de ideias e organizações integralistas ainda hoje, imaginamos que a exposição possa contribuir para o fortalecimento de uma consciência política e histórica”, destaca Gomes. 

Revolução Viva

O NDPH também inaugura, a partir desta quinta, a mostra “Exposição Photo-Gráfica Uma Revolução para lê-la 1953-1973”, ou simplesmente “Revolução Cubana”, no saguão da Biblioteca Central (BC) do Campus. A exposição é fruto da pesquisa do professor Barthon Favatto Jr, docente temporário do Departamento de História entre 2014 e 2018, e atualmente professor adjunto do Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores de Monterrey, no México.

Registro do período da Revolução Cubana. Exposição é fruto da pesquisa de professor temporário do departamento Barthon Favatto Jr.

Os elementos exibidos no evento foram doados ao NDPH em 2016, após a primeira realização da mostra. Trazendo cartazes e fotos, a exposição ficará disponível até o dia 6 de outubro. Tanto a exibição “Revolução Cubana” quanto “O Integralismo no Norte do Paraná” estão disponíveis no Behance do NDPH.

*Estagiária de Jornalismo na COM/UEL.

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