Pesquisadora participa de painel que debateu cotas no Ensino Superior

Pesquisadora participa de painel que debateu cotas no Ensino Superior

Durante o lançamento, na Unifesp, em São Paulo, foi apresentado um panorama das políticas de ações afirmativas no Brasil

A professora Maria Nilza da Silva, do Departamento de Ciências Sociais (CLCH), pesquisadora do Programa Pós-graduação em Sociologia da UEL (PPGSoc), participou essa semana do lançamento do painel “Cotas nas Instituições Públicas de Educação Superior”, na sede da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em São Paulo, uma iniciativa do projeto SoU Ciência e programa Abdias Nascimento. Durante o lançamento, foram apresentadas informações que traçam um panorama das políticas de ações afirmativas no Brasil. O evento foi realizado na última segunda-feira (13), no Anfiteatro da Reitoria da Unifesp, com transmissão virtual, e reuniu pesquisadores e professores de várias instituições.

Além da professora Maria Nilza, também estiveram presentes no lançamento os pesquisadores do Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros e Africanos (Leafro) da UEL, Mariana Panta e Alex Eleotério, e o estudante do PPGSoc Gabriel Gustavo dos Santos. Maria Nilza coordena o painel, com a colaboração de pesquisadores da Unifesp. O material traz três relatórios com informações coletadas sobre ações afirmativas nas universidades federais e estaduais. Maria Nilza está trabalhando no levantamento das informações das instituições estaduais.

No ano passado a professora foi contemplada no edital do Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação em Políticas Afirmativas e Diversidade, uma iniciativa da Secretaria de Alfabetização Continuada, Diversidade e Inclusão (Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento) e Coordenação de Pessoal de Nível Superior (Capes). O edital prevê recursos da ordem de R$ 1,5 milhão para o pagamento de 11 bolsas de estudos.

Divulgação.

A pesquisa deverá trazer informações detalhadas sobre a presença de estudantes negros na graduação e na pós-graduação. Maria Nilza explica que, durante o lançamento, foi apresentado um relatório inicial sobre as estaduais. Foram avaliadas 39 universidades e, destas, 17 informaram de forma correta ao Ministério da Educação (MEC) o quantitativo de alunos considerando cor, raça e apontando se eram cotistas ou não.

“Apresentamos este relatório, que é a realidade que o Ministério da Educação tem hoje, relacionada à graduação nas universidades estaduais. Na sequência, faremos o relatório da pós-graduação”, informou ela. Segundo a professora, que coordena o Laboratório de Estudos Afrobrasileiros e Africanos (Leafro), a pesquisa deverá realizar um mapeamento e uma análise sobre a presença de docentes e discentes negros nos programas de pós-graduação das universidades estaduais das regiões Sul e Sudeste.

Por meio do projeto, será feito ainda o levantamento da produção científica referente à aplicação das Leis 10639/03 e 11645/08, que alteraram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e incluem a obrigatoriedade de temática sobre História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e Indígena nos currículos escolares.

Leia também