Estudo sobre osteoartrite é premiado em Congresso no Hospital Albert Einstein
Estudo sobre osteoartrite é premiado em Congresso no Hospital Albert Einstein
Trabalho foi apresentado nos dias 25 e 26 de agosto, em São Paulo, e desenvolvido no doutorado do pesquisador, na Educação Física.O doutor em Educação Física pela UEL Alexandre Pelegrinelli foi premiado com o 2° lugar na categoria Temas Livres no IV Congresso da Sociedade de Análise Clínica da Marcha e do Movimento. O evento aconteceu entre os dias 25 e 26 de agosto no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
O estudo premiado, “Forças de contato tibiofemoral na osteoartrite de joelho durante a marcha”, foi o resultado de quatro artigos desenvolvidos durante seu doutorado. Alexandre é graduado em Fisioterapia (2015) e mestre (2017) e doutor (2023) em Educação Física pela UEL. O Congresso, realizado em São Paulo, reuniu aproximadamente 25 trabalhos de mais de 300 participantes.
A pesquisa de Pelegrinelli se dedicou ao estudo da distribuição de força no joelho de pacientes com osteoartrite (a popular artrose) durante a caminhada. Segundo ele, pessoas com osteoartrite grave modificam as forças do impacto enquanto caminham, com o objetivo de reduzir a carga na região medial do joelho. A região é a mais dolorida para quem sofre com o problema. Pelegrinelli frisa os grupos de maior incidência da osteoartrite e os fatores que a agravam. “O surgimento e progressão da osteoartrite estão relacionados à idade, então é mais comum em idosos. Ela também é multifatorial, com fatores de influência como genéticos, bioquímicos, obesidade e biomecânicos”.
Ele explica que as análises utilizadas para o estudo foram de marcha, isto é, durante a caminhada. Foram observados 14 indivíduos com osteoartrite caminhando sobre o solo em um corredor de dez metros. Assim, câmeras optoeletrônicas e plataformas de força captaram as alterações provocadas pela osteoartrite durante os passos, em comparação com um grupo de controle, formado por outras 14 pessoas que não sofrem do problema.
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Os pacientes analisados no trabalho são canadenses. Alexandre Pelegrinelli desenvolveu seu doutorado em parceria com a Universidade de Ottawa, no Canadá. Ele passou 11 meses realizando estudos no Laboratório de Biomecânica do Movimento Humano. Por isso, boa parte dos dados de sua pesquisa foram obtidos durante o período em que passou no exterior.
Já na UEL, Alexandre foi orientado pelo professor Felipe Arruda Moura, do Departamento de Ciências do Esporte (Cefe), que é criador do Laboratório de Biomecânica Aplicada da Universidade. O Laboratório existe desde 2012 e atualmente conta com mais de 20 integrantes, entre docentes, estudantes de graduação e de pós-graduação. O grupo que compõe o Laboratório se dedica a pesquisas nas áreas de Educação Física, Medicina, Fisioterapia e Veterinária. Inclusive, neste momento, o professor Felipe Arruda Moura está desenvolvendo seu estágio pós-doutoral na Holanda, na área de Inteligência Artificial. Ele explica que o tema irá integrar futuras pesquisas do Laboratório de Biomecânica Aplicada da UEL.
*Estagiário de Jornalismo na COM/UEL.