Programa de acesso e permanência da UEL visita escolas e divulga o ensino superior
Programa de acesso e permanência da UEL visita escolas e divulga o ensino superior
Para divulgar as formas de acesso ao ensino superior público, o Programa de Apoio ao Acesso e Permanência para Formação do Estudante da UEL (Prope) realiza, durante todo o ano, visitas às escolas e aos colégios públicos de Londrina, dos distritos e das cidades vizinhas. Após um hiato de quase dois anos, devido à pandemia […]Para divulgar as formas de acesso ao ensino superior público, o Programa de Apoio ao Acesso e Permanência para Formação do Estudante da UEL (Prope) realiza, durante todo o ano, visitas às escolas e aos colégios públicos de Londrina, dos distritos e das cidades vizinhas. Após um hiato de quase dois anos, devido à pandemia de Covid-19, a equipe do Prope voltou às atividades presenciais: de março a maio deste ano foram 53 escolas visitadas e estão previstas diversas visitas até dia 21 deste mês.
O objetivo é chegar aos estudantes do Ensino Médio das 123 escolas do Núcleo Regional de Educação de Londrina e informar sobre formas de acesso – por Vestibular e Sisu -, vagas remanescentes com uso da nota do Enem, isenção da taxa de inscrição, cotas sociais e raciais, e Curso Especial Pré-vestibular da UEL (CEPV).
Na terça-feira (7), os bolsistas do Prope estiveram no Colégio Estadual Benedita Rosa Rezende, Zona Oeste da cidade. Matheus da Conceição do Nascimento e Giovana Pompeo Marcelino, estudantes do curso de Ciências Sociais, foram às salas de aula. Giovana, que entrou na UEL pelas cotas no Sisu, reconhece a relevância da atividade. “Não é algo que falaram pra mim, eu que fui atrás. Hoje a gente pode falar, explicar certinho. Eu gostaria que alguém tivesse falado isso pra mim.”
Além de poder levar informações sobre a UEL, os estudantes também conheceram a dinâmica das escolas, o que contribui para a formação enquanto cientistas sociais. Matheus está prestes a se formar e diz que ir até o espaço é “entender o ambiente e conhecer a estrutura das escolas”. Outro ponto destacado pelos alunos é a localização dos colégios. Eles relatam que, quanto mais afastados do Centro, as pessoas têm menos informações sobre a Universidade. “No centro elas levantam a mão quando perguntam quem vai fazer o Vestibular da UEL. Nos bairros, muitos nem sabem como fazer para entrar”, afirmam.
Para a pedagoga do Colégio Benedita Resende, Emilene Mendes Oliveira, a ação junto às escolas é muito importante. “Os alunos da UEL vêm e trazem a experiência. Eles contam a história de vida e, às vezes, são de escola pública. Isso aproxima nossos alunos da universidade deles. Mostra que não é um sonho distante”. Segundo ela, os alunos esperam o ano todo pela Feira das Profissões da UEL, quando podem ir até o Campus para conhecer a estrutura e ver de perto como os cursos funcionam.
Visita ao Campus da UEL
Na manhã desta quarta-feira (8), alunos do Colégio Estadual Professor Francisco Villanueva, de Rolândia, tiveram a experiência de conhecer o Campus Universitário. Convidados pelo Prope, eles também tiveram atividades com os estudantes do curso de Ciências Sociais, pela disciplina de Estágio, ministrada pela professora Angela Maria de Souza Lima, do Departamento de Sociologia.
Quase 130 alunos foram orientados sobre o acesso à Universidade e as informações ligadas a todo o processo. A professora Sylvia Mota, responsável pelos estudantes do Ensino Médio, conta que atua em conjunto com a UEL há 11 anos, quando iniciou o Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Sociologia. Desde então, as ações são recorrentemente entre a escola e a universidade. “Manter o vínculo é muito importante. Os alunos da escola pública tem certa dificuldade de acesso e é esse vínculo que aproxima”.
Perguntados se conheciam a Universidade, apenas três alunos levantaram as mãos. Para a professora Angela Lima isso significa que o espaço público, que é direito deles e de todos, não está sendo ocupado. “O acesso ao ensino superior público é um direito fundamental.”
Relevância do trabalho
A atual vice-coordenadora do Prope, Margarida de Cássia Campos, do Departamento de Geociências (CCE), responsável pela área de acesso ao ensino superior, afirma que, durante o período de atividades remotas, procurou estratégias para divulgar as informações para os alunos. Foram realizadas diversas atividades online, como lives nas redes sociais, vídeos e podcasts, além do contato constante por e-mail com as escolas. Agora, existe uma outra variável: “É um desafio pós-pandemia convencer os estudantes de que eles podem vir à Universidade”, afirma.
Com atividades iniciadas em 2014, o Programa desenvolve um trabalho primordial, segundo Margarida. “Percebemos isso quando estamos na banca de homologação de matrícula e parte deles conta que está ali pelo Prope”, relata. A coordenação atual é da professora Jamile Carla Baptista, do Departamento de Sociologia, que fica responsável pela área de permanência em atuação conjunta com a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd). Também integram a equipe oito estudantes bolsistas, dois estagiários e uma ex-aluna.