Desafios da geração de energia solar fotovoltaica no PR é tema de evento nesta quarta (30)

Desafios da geração de energia solar fotovoltaica no PR é tema de evento nesta quarta (30)

Mesa-redonda contará com com representantes de empresas de energia elétrica do estado.

A Oficina de Trabalho em Energia Solar Fotovoltaica, evento institucional que conta com o apoio da Prefeitura do Campus Universitário (PCU), chega ao fim no início da noite desta quarta-feira (30). Entretanto, a programação do evento técnico ainda conta com a mesa-redonda “Desafios e perspectivas da geração e distribuição de energia solar fotovoltaica no Paraná”, que terá início às 9h desta quarta-feira, na Sala 4 do Laboratório Escola de Pós-graduação (Labesc).  

De acordo com a coordenadora do evento, a docente do Departamento de Química e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da UEL, Carmen Luísa Barbosa Guedes, representantes de empresas que atuam com energia elétrica no estado foram convidados a participarem do debate.

O evento também deverá contar com a presença de docentes da UEL e do professor da Faculdade de Ciências Exatas e Naturais, da Universidade Nacional de Catamarca, da Argentina, Francisco Angel Filipin, que ministrou minicursos e esteve em contato com alunos desde o início do evento, na semana passada. Na manhã desta terça-feira, por exemplo, uma visita técnica foi realizada na Usina Fotovoltaica, localizada no estacionamento da Clínica Odontológica da UEL (COU).

Professor Francisco Angel Filipin, da Universidade Nacional de Catamarca, da Argentina, na abertura do evento (Agência UEL)

Importante agente incentivador e regulamentador do sistema de produção de energia solar fotovoltaica, o estado possui o papel mais importante dentre todos os braços desta cadeia, avalia o professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo e assessor da Pro-Reitoria de Planejamento (Proplan) da UEL, Gilson Bergoc. 

“Não há como pensar o sistema de produção de energia, em uma sociedade tão articulada quanto a nossa, de uma forma autônoma. Todos que produzem energia acabam, de uma forma ou de outra, se interligando a uma rede maior para que aqueles que tenham a condição de produzir mais do que consomem possam colocar o seu excedente no sistema, viabilizando que outros possam utilizar. E quem regula isso é o estado”, diz. 

Energia solar e renovável

O Paraná já conta com um programa que visa facilitar o acesso a novas tecnologias para a geração de energias alternativas por meio da concessão de linhas de financiamentos e equalização de taxa de juros. Entretanto, a medida ainda é majoritariamente voltada para o campo. Coordenado pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento e pelo Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR), o Programa Paraná Energia Renovável (RenovaPR) já viabilizou 4,5 mil projetos no estado, movimentando um montante de R$ 864 milhões em recursos oriundos do Banco do Agricultor Paranaense até o dia 3 de outubro deste ano, aponta o IDR-PR. 

Do campo para as cidades e considerando a demanda por novas fontes de energia pelas indústrias, empresas e investidores em geral, o Paraná ocupa a 5ª posição entre os estados que possuem maior capacidade de produção de energia solar, aponta o ranking da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O resultado é fruto das ações governamentais e do trabalho de quase 560 empresas paranaenses que prestam serviços de instalação e manutenção de equipamentos, já cadastradas na base do Programa RenovaPR. 

Em outra ponta desta cadeia estão as universidades públicas capazes de responderem às demandas da sociedade e que envolvem a criação de novas tecnologias, materiais, produtos e processos, que “viabilizem maior eficiência por um lado e um custo benefício melhor por outro”, pondera o professor. “É muito importante. Há uma necessidade de se incentivar a pesquisa em ciência, tecnologia e desenvolvimento de produtos nesta área, de energias sustentáveis. E a fotovoltaica, por exemplo, é uma das mais eficientes na relação custo de produção e energia, mas pode melhorar. As universidades têm um papel fundamental neste processo, então é preciso que o estado crie as condições para que existam pesquisas”, conclui Bergoc.  

Leia também