Capacita DCNT, um projeto cujo título original é “Formação de gestores e profissionais de saúde da APS (Atenção Primária à Saúde) do Estado do Paraná no enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis: análise de efetividade a partir de abordagem quali-quantitativa”, teve abertura oficial na sexta-feira, dia 24, no Anfiteatro do HU.

Trata-se da segunda etapa do projeto, que já passou por uma etapa inicial de discussão e estruturação. Essa segunda etapa já é a fase prática de capacitação de profissionais e gestores de saúde no enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).

Participam do Capacita DCNT como parceiros a UEM e a UEPG e secretarias municipais de saúde de Londrina, Maringá e Ponta Grossa. O projeto, coordenado pela UEL, foi o único contemplado no Estado do Paraná e recebe recursos do Ministério da Saúde e do CNPq. Nesta etapa de cursos serão capacitados profissionais e gestores de saúde no enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), com enfoque maior nas questões da obesidade, hipertensão arterial e diabetes.

O coordenador do projeto no Paraná é o professor Denilson de Castro Teixeira, do
Departamento de Educação Física, do CEFE-UEL. “Trata-se de grande problemática na saúde pública, um desafio, que demanda uma verba muito significativa para o SUS. O Ministério da Saúde vem buscando alternativas e estratégias para o enfrentamento de doenças crônicas não transmissíveis, em níveis municipais, estaduais e nacional”, ressalta Teixeira.

“Participarão do curso de formação cerca 350 profissionais e gestores e para atingir as metas propostas o projeto possui uma equipe com mais de 30 pessoas entre docentes, profissionais e estudantes da área da saúde da UEL, UEM e UEPG. Somente com a união dos nossos esforços é que conseguiremos vencer os desafios que a saúde pública enfrenta em nosso país e fazer a diferença na vida das pessoas”, entende o coordenador.

Erildo Vicente, coordenador pela UEPG, reforça a importância da troca de experiências no enfrentamento das doenças crônicas. “Não podemos ficar só apagando o fogo, atender da melhor forma possível a população exige respostas múltiplas. Precisamos ser referência, trocar experiências, buscar alternativas, fazer aflorar o potencial que a gente tem”, destaca. 

Valéria Cristina Barbosa, da Atenção Primária à Saúde, da Secretaria de Saúde de
Londrina, destacou que são 54 unidades de saúde, entre instituições primárias,
secundárias e terciárias, com perfis diferentes. “Mudanças não acontecem de um dia
para outro, mas tenho a certeza de que vai acontecer, e vai ser sucesso. Temos equipes muito boas na cidade”, disse.

A diretora do Centro de Ciências da Saúde (CCS) Andrea Name Colado Simão
(representando a reitora da UEL Marta Favaro) falou da missão de uma Universidade.
“Ser agente de mudança na saúde da população é missão que só pode ser cumprida
com capacitação. “Vocês estão fazendo a diferença na vida das pessoas”, enaltece.

E para a professora Patrícia Silva Lúcio, coordenadora do Núcleo de Pesquisa do
Capacita DCNT, “a jornada que vamos percorrer nesse período de curso pode
representar a mudança para abrir portas, abrir pensamentos. Espero até que a
experiência do Paraná chame a atenção do Ministério da Saúde. Estratégias
governamentais para prevenção e controle é essencial”, afirma Patrícia.

Para encerrar as atividades da manhã, a enfermeira Gabriella Farias Gomes, da
Coordenação Geral de Prevenção às Condições Crônicas na Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde, fez a palestra com o tema “Doenças Crônicas não Transmissíveis no Brasil: cenário e estratégias de prevenção e cuidado”, abordando cenários nacionais da hipertensão, diabetes e obesidade, os impactos das DCNT’s na saúde pública; estratégicas governamentais no enfrentamento da DCNT’s, portarias instituídas para o fortalecimento da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas; e, por fim, debate com o público presente.

O evento teve a participação de representantes de vários departamentos da UEL,
principalmente do CCS, dos órgãos suplementares, das Unidades Básicas de Saúde
(UBS), professores e alunos de cursos de graduação e pós-graduação e da Prefeitura de Londrina.

No período da tarde, uma atividade complementar: Rodas de Conversa foram
realizadas em salas de aula do CCS com o objetivo proporcionar aos
profissionais discutirem as atividades já desenvolvidas e as que podem ser
implementadas ou melhoradas no âmbito do enfrentamento das doenças
crônicas na atenção primária à saúde.