A Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital do Paraná formalizou nesta quinta-feira (21) o repasse de R$ 10,8 milhões para investimento em infraestrutura de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), reestruturação de laboratórios e para compra de equipamentos para a Universidade Estadual de Londrina. Os recursos serão investidos na construção da sede do Núcleo de Tecnologia Digital e Inovação (FABI), no Hospital Universitário (HU), na Incubadora Internacional de Empresas de Base Tecnológica da AINTEC, na modernização do sistema de informatização da universidade que atende a mais de 22 mil usuários e na aquisição de equipamentos variados.

Os recursos são provenientes do Fundo Paraná, que apoia programas e projetos de pesquisa e desenvolvimento científico, viabilizados por meio de Termo de Execução Descentralizada (TED). O secretário de Inovação do Paraná, Alex Canziani e a reitoria da UEL, Marta Favaro, oficializaram o investimento durante cerimônia realizada na manhã desta quinta-feira (21), na Sala dos Conselhos, no Campus Universitário, em Londrina.

O investimento foi possível a partir da apresentação dos projetos que deverão impactar diretamente o HU, Aintec e a Assessoria de Tecnologia da Informação (ATI), responsável pelo planejamento, desenvolvimento, suporte e gerenciamento da operação dos sistemas de TIC. De acordo com a reitora, o investimento é uma ação importante, que vai reverter em serviços de qualidade para a comunidade interna e para a população, nas áreas de saúde, empreendedorismo e inovação e comunicação.

Segundo ela, para que os recursos financeiros possam ser viabilizados ainda no início de 2025, a Pró-reitoria de Planejamento (Proplan), juntamente com a Pró-reitoria de Administração e Finanças (Proaf) foram ágeis e conseguiram realizar todos os procedimentos para contratação dos serviços e aquisição de materiais. “Temos um cronograma apertado no fim do ano. Mas vamos conseguir de fato executar esses recursos com empenho em 2024 e recebimento no início do próximo ano, em um cronograma”, explicou.

Ela afirmou que a UEL tem ainda outros projetos já encaminhados junto à Secretaria de Inovação, para que novas ações do gênero possam ser concretizadas no próximo ano. “Essa abertura com a secretaria certamente vai nos proporcionar novas oportunidade, será um impacto muito positivo”, afirmou a reitora.

O secretário Alex Canziani afirmou que esta é a primeira ação concreta desenvolvida junto à UEL envolvendo quase R$ 11 milhões e que vai estruturar laboratórios e diversas unidades relacionadas ao desenvolvimento científico e tecnológico. Segundo ele, todos os projetos aprovados são voltados à inovação, com foco na criação de oportunidades e empregos.

“Estamos tendo a visão de juntar as oportunidades, envolvendo a Universidade  com a iniciativa privada, nos vários setores como o agro, saúde, TIC, Química e Materiais, metalmecânico, que entendemos ser as prioridades dentro do sistema de inovação”, declarou.

Segundo o secretário, o Paraná vem conseguindo avanços na área da inovação desde a definição do governo em direcionar recursos específicos para o financiamento de projetos e programas na área de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior junto à Lei Orçamentária Anual (LOA). Este ano o aporte financeiro será de R$ 708,9 milhões – 37% maior que os R$ 517 milhões aplicados em 2023. Canziani comparou que estados vizinhos como Rio grande do Sul investirá esse ano R$ 30 milhões em inovação e Santa Catarina, R$ 75 milhões.

“Estamos vendo uma revolução na área da inovação, ciência e tecnologia. Se tivermos a continuidade, poderemos transformar o Paraná, com mais desenvolvimento econômico e social, agregando valor e renda a partir da inovação”, afirmou.

Hospital Universitário

O Hospital Universitário (HU) da UEL recebeu R$ 1 milhão para a construção de um espaço direcionado exclusivamente para empreendedorismo e desenvolvimento de projetos inovadores na área da saúde. A sede do Núcleo de Tecnologia Digital e Inovação (FABI) deverá ser construída no interior do hospital, localizado na região leste de Londrina, na proximidade da portaria do Hospital.

Segundo a diretora superintendente do HU, Vívian Feijó, o Fabi servirá como espaço para que profissionais e pesquisadores possam desenvolver produtos, processos e serviços inovadores. Ela explicou que a licitação deve ocorrer já na primeira quinzena de dezembro para implementação no início de 2025.

A diretora explicou que durante a pandemia, o HU viabilizou parcerias para desenvolver produtos a partir de impressão 3D. Foram produzidas máscaras cirúrgicas e itens como conectores respiratórios, o que demonstrou o potencial do hospital na área de inovação, envolvendo pesquisadores das áreas de Design Gráfico e de saúde. Entre os produtos já desenvolvidos estão um conector fisioterápico para aspiração, uma válvula fonatória para pacientes com traqueostomia e posicionadores de ortopedia.

“Pretendemos receber as pessoas que têm ideias para desenvolver projetos,  sistematizar todo esse processo de forma organizada”, definiu Vivian. Ela informou que, em outubro, o HU foi reconhecido pelo governo do Paraná como um Centro de Inovação, título que deverá ser anunciado oficialmente no próximo mês, durante o Festival Internacional de Inovação (FIL) de Londrina, uma iniciativa da Estação 43 e que reúne as governanças locais.