Workshop fortalece a cadeia de produção de mel do Paraná
Workshop fortalece a cadeia de produção de mel do Paraná
Programação é direcionada a pesquisadores, produtores e membros de entidades de apicultura e meliponicultura. Inscrições são gratuitasMais de 150 pesquisadores, produtores e membros de entidades de apicultura e meliponicultura participam no próximo dia 24 de maio do III Workshop Be Day que será realizado no Anfiteatro Cyro Grossi, no Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UEL, em alusão ao Dia Mundial das Abelhas (do inglês World Bee Day), celebrado em 20 de maio. Com objetivo de debater, difundir e fortalecer a cadeia de produção de mel do Paraná, o workshop tem inscrições gratuitas. A iniciativa é do Napi Abelhas, da Fundação Araucária, reunindo as Universidades paranaenses – UEL, UEM, Unioeste, UEPG, Unicentro, UFPR, UTFPR e Unila.
A programação começa a partir das 8h com credenciamento e entrega de material e abertura oficial. A primeira palestra será pela manhã sobre o Papel das abelhas na Saúde Única, com a pesquisadora Erica Weinstein Teixeira, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. Na parte da tarde está prevista uma apresentação sobre um projeto de educação ambiental desenvolvido em escolas públicas de Londrina, com a professora Cristina Borba, da Secretaria Municipal da Educação, seguida de dinâmica que reunirá apicultores e meliponicultores orientada pelo Coordenador de Geoinformação do Ministério de Integração e Desenvolvimento Regional, Samuel Menezes de Castro.
A organização do evento reúne as professoras Silvia Sofia (Departamento de Biologia Geral) e Wilma Spinosa (Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos), que estudam comunidades e genética de abelhas, e o desenvolvimento de produtos e composição do mel, respectivamente. Elas explicam que o Workshop tem o objetivo de fortalecer a cadeia de produção de mel.
O Paraná, de acordo com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2022), representa o segundo polo de produção de mel do País colaborando com cerca de 14% do volume nacional, de mais de 61 mil toneladas anuais. Segundo as pesquisadoras, do ponto de vista ambiental, o Paraná detém 45 espécies de Abelhas Sem Ferrão (ASF) de um total de 300 brasileiras conhecidas, como meliponas e trigonas, nativas do Brasil. Em todo mundo existem 600 espécies de abelhas sem ferrão catalogadas.
Elas explicam que as pesquisas hoje valorizam a criação e produção de mel das abelhas sem ferrão, a chamada Meliponicultora, uma vez que estes insetos são considerados os principais polinizadores das matas brasileiras, contribuindo com a polinização de 30% a 80% das espécies de plantas, dependendo do bioma.
A professora Silvia é uma das precursoras da pesquisa genética destes insetos no Paraná, com estudos que remontam 1995. Ela afirma que a partir de 2006, com a comprovação de que as abelhas estavam desaparecendo, estes estudos ganharam novos contornos, a partir de uma preocupação global.

(Foto: Agência UEL).
Já as pesquisas da professora Wilma estão relacionadas à gestão de qualidade de alimentos. Ela coordena um Programa de Atendimento à Sociedade (PAS) direcionado a micro e pequenos produtores e empreendedores da área de alimentos e organiza o Concurso Paranaense de mel de abelha sem ferrão.
Napi Abelhas
O Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI Abelhas) da Fundação Araucária reúne uma rede de pesquisadores paranaenses que atuam na temática e seus subprodutos – geleia real, mel, pólen, própolis e cera e, especialmente, o produto mais importante, a polinização. Os trabalhos do Arranjo se dividem em cinco eixos temáticos – o risco de agrotóxicos às abelhas, a caracterização e qualidade de produtos apícolas e meliponícolas; melhoramento genético das espécies, escola de negócios e diversidade, ecologia e conservação de abelhas do Paraná. Outras informações podem ser encontradas no portal Napi Abelhas.