UEL integra pesquisa de agricultura de precisão para pequenos e grandes produtores

UEL integra pesquisa de agricultura de precisão para pequenos e grandes produtores

Projeto é uma parceria entre os governos brasileiro e japonês e vai envolver Universidades, agricultores, cooperativas e produtores rurais

A UEL, por meio do Centro de Inteligência Artificial no Agro (CIA-Agro), vai participar do Projeto de Desenvolvimento Colaborativo da Agricultura de Precisão e Digital, que pretende desenvolver e fomentar a agricultura de precisão para pequenos e grandes produtores rurais. Os detalhes foram apresentados nesta quinta-feira (30) durante reunião na Sala dos Conselhos, no Campus Universitário, com a participação do Secretário de Estado da Inovação, Modernização e Transformação Digital, Alex Canziani, da reitora Marta Favaro e de representantes dos demais parceiros do projeto – Ministério da Agricultura (MAPA), Agência de Cooperação Internacional Japonesa (JICA), UTFPR, EMBRAPA, IDR-Paraná e Fundação ABC.

O Projeto Colaborativo da Agricultura de Precisão é fruto de parceria entre os governos brasileiro e japonês, envolvendo o MAPA e a JICA, e que vai reunir vários atores como universidades, Centros de Pesquisa, agricultores, cooperativas e produtores rurais na geração e pesquisa de dados da chamada agricultura de precisão. A proposta é gerar e coletar informações que serão usadas para rastrear e comprovar uma atividade mais sustentável e produtiva, com maior eficiência.

A reitora da UEL destacou a importância do trabalho coletivo envolvendo desde pesquisadores e agricultores, com foco no impacto social. “É isso que acontece quando instituições de várias áreas se aproximam com objetivos tão importantes. No final, poderemos alterar e melhorar a condição de vida de milhares de pessoas”, considerou.

O secretário Alex Canziani afirmou que a iniciativa tem apoio do governo estadual uma vez que os impactos dos estudos poderão beneficiar produtores rurais do Paraná. “É uma iniciativa que trará avanços importantes porque a Inteligência Artificial oferece grande potencial de desenvolvimento econômico respaldado sobretudo na tecnologia”, afirmou.

A apresentação do cronograma de trabalho foi feita hoje na Sala dos Conselhos da UEL na presença de pesquisadores, parceiros, autoridades e convidados. (Foto: Agência UEL).

Infraestrutura – Um dos coordenadores do projeto, Ricardo Inamasu, da EMBRAPA Instrumentação de São Carlos (SP), explicou que a participação da Cia Agro será importante porque reúne uma equipe que trabalha com Inteligência Artificial, uma das ferramentas mais eficientes para transformação digital. “Estar com esse grupo é colocar o projeto no patamar da atualidade da inovação e da tecnologia mais promissora”. Segundo ele, fundamental também atuar no Paraná que reúne mais de 65 cooperativas agrícolas, com 215 mil associados, o que corresponde a uma infraestrutura importante dentro do cenário do agronegócio nacional.

O coordenador explicou que a chamada agricultura de precisão e digital são habilitadoras da nova modalidade de agricultura. O projeto representa um esforço de órgãos de governo, universidades, agricultores, empresas e cooperativas agrícolas para a transformação do setor, buscando a modernização. Segundo ele, o pequeno produtor, nesse novo modelo de atividade, pode ganhar muito em eficiência, sobretudo considerando o comportamento da nova geração de agricultores que é conectada com novas tecnologias. “Estamos de olho e preparando o setor para essa nova geração. É a transformação do modelo de atividade, desenhando o nosso futuro a partir de uma agricultura sustentável e integrada com a sociedade”, afirmou.

Agricultura de precisão – Constituído por professores da UEL e da UTFPR, além de pesquisadores de instituições públicas voltadas ao desenvolvimento rural, o Centro de Inteligência no Agronegócio (Cia Agro) desenvolve sistemas preditivos (análise de conjuntos específicos de dados para prever cenários ou tendências para futuros próximos ou relativamente distantes) para o combate da ferrugem-asiática e do mofo-branco, principais doenças da soja.

Outro objetivo do Cia Agro é integrar subprojetos das áreas das Ciências da Computação e das Ciências Agrárias, além de desenvolver parcerias com empresas, universidades, cooperativas e startups. A organização existe desde 2020 e integra o conceito de Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (Napi) do Paraná, com o apoio da Fundação Araucária. O projeto está apto a receber investimentos privados durante o período de elaboração.

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