Observatório de violência doméstica da UEL integra Programa Mulheres Paranaenses

Observatório de violência doméstica da UEL integra Programa Mulheres Paranaenses

Projeto de Pesquisa e Extensão recebe, junto de outras 85 iniciativas, R$ 4 milhões em recursos da da Fundação Araucária para ações de equidade de gênero.

Como objetivo de consolidar em um único banco de dados os números das instituições que são portas de entrada de casos de violência contra as mulheres em Londrina, o projeto “A Implementação do Observatório da Violência de Londrina”, coordenado pela professora Sandra Lourenço de Andrade Fortuna, do Departamento de Serviço Social (Cesa), é uma das iniciativas que compõem o “Programa Mulheres Paranaenses: empoderamento e liderança”.

O programa, da Fundação Araucária, investe R$ 4 milhões em 86 projetos desenvolvidos pelas sete Instituições Estaduais de Ensino Superios (IEES), mais as federais do Paraná (UFPR), Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e da Integração Latino-Americana (Unila), as particulares Pontifícia Universidade Católica (PUC) e Instituto Cesumar, além do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR). Na UEL, oito projetos foram contemplados na Chamada Pública 02/2022 e devem recebem entre 44 e 72 mil reais.

“Existem vários sistemas dos serviços de atendimento mas não há uma articulação entre eles. Então a ideia é que esse sistema consiga gerar dados a respeito de todas as particularidades como casos de reincidências e quem são estes agressores, para que possamos construir um diagnóstico da situação em Londrina”, explica a professora Sandra.

O projeto, um grupo de Pesquisa e Extensão, integra a Rede Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual e Doméstica de Londrina há 12 anos, segundo a professora. Foi ali que surgiu a demanda pela criação de um sistema inteligente e que conseguisse consolidar uma massa de dados e identificar as principais demandas. “O conhecimento da realidade por meio dos dados e o cruzamento e análise aprofundada desses dados são fundamentais para a constituição de políticas públicas e serviços que atendam, de fato, essas mulheres. Ações que vão refletir no fortalecimento das mulheres que sofrem violência, com a possibilidade de que sejam atendidas no âmbito da proteção e da prevenção”, ressaltou Sandra.

O sistema está em fase de implantação, em uma parceria entre a UEL, a UTFPR (campus Cornélio Procópio) e a Secretaria Municipal de Políticas Para as Mulheres de Londrina. O sistema está sendo desenvolvido pelo professor Cristiano Marcos Agulhari, da UTFPR. 

Programa Mulheres Paranaenses

As instituições participantes do Programa Mulheres Paranaenses desenvolvem 86 projetos voltados às mulheres, com temas que envolvem o combate à violência, mulheres indígenas, mulheres em situação de rua e em situação de vulnerabilidade, empreendedorismo, mulheres na agricultura familiar, meninas na ciência, saúde da mulher, empoderamento de mulheres do campo, entre outros. O prazo de execução dos projetos é de até 48 meses. 

Para o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, as instituições de Ensino Superior do estado têm muito a contribuir no desenvolvimento de ações que proporcionem bem-estar às mulheres e no levantamento de políticas públicas direcionadas a elas. “Grande parte do programa foi pensado por mulheres. Tivemos representantes de todas as instituições envolvidas no seu desenvolvimento. São ações para a formação de lideranças que abrangem todas as regiões do Paraná e focadas em importantes problemas locais”, explicou o presidente.

(Com informações da Assessoria de Comunicação da Fundação Araucária).

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