Cerimônia formaliza doação do Rotary Club ao Orquidário da UEL

Cerimônia formaliza doação do Rotary Club ao Orquidário da UEL

A assinatura do termo de doação foi realizada no gabinete da Reitoria e contou com a presença de integrantes da associação

Em cerimônia realizada na tarde da última quinta (3), a Universidade Estadual de Londrina (UEL) formalizou a recepção de materiais doados pelo Rotary Club “Londrinão” ao Orquidário da instituição. A assinatura do termo de doação foi realizada no gabinete da reitora, professora Marta Favaro, com a presença do atual presidente do clube, Mário Monteiro, e de ex-dirigentes e integrantes da associação.

Entre as doações, orçadas no valor de R$ 15,7 mil, constam itens como vasos, bandejas, cuias, uniformes, potes, estantes, cadeiras, além de unidades de ágar, especiaria utilizada como agente gelificante, e do musgo do tipo Sphagnum rosa, substrato que auxilia nas trocas gasosas das plantas.

Contemplado pelos recursos, o Orquidário da UEL existe desde 1997 como projeto de extensão do Centro de Ciências Agrárias (CCA). Sob supervisão do professor Ricardo Faria, da disciplina de Floricultura e Paisagismo na graduação de Agronomia, o local também desenvolve atividades de ensino e pesquisa sobre mais de 50 espécies de plantas ornamentais.

Cerimônia formaliza doação do Rotary Club ao Orquidário da UEL. Reitora, Marta Favaro, e o presidente do Rotary Mario Monteiro. (Foto: Agência UEL).

“Dentro da disciplina, eu uso o Orquidário como um modelo de ensino, manejo, melhoramento genético, de todas as técnicas de produção de orquídeas. Essas técnicas de produção eles (estudantes) vão poder adaptar para outras culturas, como antúrios, gérberas, grama preta”, explica o docente. Com a expansão da produção no local, o projeto começou a se desdobrar em teses de Mestrado e Doutorado, que resultaram na publicação de oito livros em parceria com alunos.

Além das ações internas desenvolvidas, o Orquidário mantém “subprojetos” direcionados à comunidade externa, como a Biofábrica de Orquídeas e Outras Ornamentais, voltada ao fortalecimento da floricultura comercial em Londrina e financiada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), e o “Londrina Florida”, ambos em parceria com o Rotary Club. A colaboração teve início entre 2014 e 2015, durante a gestão da professora Ivany Vaquero no clube, com proposta de distribuição de mudas de orquídeas pelas árvores do município. Depois de um primeiro plantio baixo, promovido com ajuda da comunidade londrinense, o trabalho em conjunto com o espaço institucional contribuiu para a extensão da iniciativa. “O professor Ricardo nos disponibilizava as mudas e o meu clube fazia a logística do projeto. Fazíamos sacolinhas, comprávamos insumos, fazíamos doações para UEL e assim nós crescemos”, detalha a educadora. Contando também com o apoio do Tiro de Guerra de Londrina, o projeto conseguiu amarrar um total de 10 mil mudas de orquídeas em árvores da cidade. Destas, 3 mil estão situadas no entorno do Lago Igapó.

Contemplado pelos recursos, o Orquidário da UEL existe desde 1997 como projeto de extensão do Centro de Ciências Agrárias (CCA). Sob supervisão do professor Ricardo Faria, da disciplina de Floricultura e Paisagismo na graduação de Agronomia, o local também desenvolve atividades de ensino e pesquisa sobre mais de 50 espécies de plantas ornamentais. (Foto: Agência UEL).

Caminhando para sua quarta administração no Rotary, o projeto também atua em outras frentes. Sob a gestão da advogada criminalista Heloísa Bello, o empreendimento passou a trabalhar com a perspectiva da floricultura como agronegócio, distribuindo mudas a pequenos produtores, de baixo poder aquisitivo, com o objetivo de promover emprego e geração de renda. “Essa chance de terem acesso à uma produção com renda ajuda e contribui para diminuir a criminalidade”, destaca.

Na frente de fortalecimento da floricultura comercial, intensificada na atual presidência, o trabalho tem a ambição de transformar Londrina em referência na produção de plantas ornamentais. “A gente acredita que nossa região está perdendo demais para coisas de fora, sendo que nós temos uma terra maravilhosa, que tem tudo para deslanchar. O que acontece é que nossa terra tem alguma dificuldade de produzir da mesma forma e com as mesmas características (das plantas de fora)”, argumenta Monteiro, ressaltando a importância de atividades de desenvolvimento genético, trabalhadas pelo Orquidário, na projeção da cidade na disputa comercial. Ainda nessa direção, Faria acredita que há grande potencial de exploração do paisagismo na região. “Londrina é muito rica em condomínios e essas flores para paisagismo são mais pesadas, eles (produtores de fora) não conseguem trazer. Então, a gente está vendo que tem um público para flores de vaso, mas acho que nossa tendência é produzir mudas de árvores”, comenta.

Reconhecendo a dependência do estado do Paraná no segmento de ornamentais, o Orquidário busca fornecer inovação e tecnologia para colaborar na projeção da região neste domínio. “(O objetivo é) deixar Londrina florida, ensinar os alunos, publicar artigos, mas agora é fomentar a floricultura e geração de renda”, afirma o supervisor do espaço. Na visão do docente, o apoio institucional a projetos do local é crucial para gerar retorno e serviços à sociedade. “As colaborações do Rotary, da Seti e da Fundação Araucária é que nos ajudam a transpor barreiras”, completa.

Outras atividades

O Orquidário da UEL fica aberto à comunidade externa às quintas e sextas-feiras, das 8h às 15h. O espaço disponibiliza mudas de orquídeas, antúrios e suculentas para venda a partir de R$ 5,00. O projeto também mantém coluna na Rádio UEL FM 107.9, veiculadas às segundas, das 21h às 21h05, e às quintas, das 7h45 às 7h50. O programa aborda os cuidados com o cultivo em jardins, além de novidades e dicas sobre paisagismo.

*Estagiário da Coordenadoria de Comunicação Social

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