Aula aberta da pós-graduação discute Violência de Gênero e Saúde
Aula aberta da pós-graduação discute Violência de Gênero e Saúde
Disciplina é fruto de parceria entre programas do Serviço Social (PPGSer) e Saúde Coletiva (PPGSC). Encontros vão até 24 de outubro.Uma aula inaugural ocorrida no último dia 9 de outubro marcou uma parceria inédita entre os programas de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) e em Serviço Social e Política Social (PPGSer), na oferta da disciplina optativa “Violências de Gênero e Saúde”. Reunindo professores de cinco centros de estudos da UEL, a disciplina visa debater a violência de gênero como fenômeno, bem como suas manifestações e implicações na sociedade, no campo da Saúde. No total, a disciplina optativa terá oito encontros, que se estendem até 24 de outubro, com carga horária de 30 horas. A atividade é aberta a qualquer interessado.
Participaram como convidados a diretora e superintendente do Hospital Universitário (HU) da UEL, Vivian Feijó; a coordenadora do PPGSER, professora Andréa Pires Rocha; a coordenadora do PPGSC, professora Fernanda Mendonça, e a ativista da área da Saúde e militante da Associação das Mulheres Batalhadoras de Londrina Dona Rosalina Batista. Ela é conselheira municipal de saúde, conselheira estadual do direito das mulheres e ex-presidente do conselho municipal do direito das mulheres. Também estiveram presentes a vereadora de Londrina Sonia Gimenez, representantes da Delegacia Especial de Atenção às Mulheres de Londrina e da Secretaria Municipal de Saúde, entre outros convidados.
A professora Marselle Carvalho, do Departamento de Saúde Coletiva (CCS), explica que a disciplina optativa estava programada para ser oferecida no primeiro semestre de 2023. Porém, em razão da greve docente que paralisou as atividades acadêmicas entre maio e junho deste ano, as atividades foram adiadas e começaram agora. Uma grata coincidência foi a data da aula inaugural ser às vésperas do Dia Nacional de Combate à Violência contra a Mulher, 10 de outubro. “Aproveitamos para reafirmar este dia e mostrar a importância do enfrentamento à violência contra as mulheres”, destaca Marselle.
A professora lembra que a Universidade desempenha papel central nas discussões a respeito dos direitos das mulheres e da luta contra a violência de gênero. Ela também destaca a necessidade de revisão das matrizes curriculares, introduzindo questões relacionadas a classe, raça, etnia, gênero, capacitismo, etarismo, além de todas as formas de discriminação contra grupos invisibilizados e vulnerabilizados socialmente. “É importante garantir a formação dos nossos estudantes numa perspectiva humanista e não somente técnica”, ressalta.
*Estagiário de Jornalismo na COM/UEL.